ESTRESSE HÍDRICO E SALINO NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE FEIJÃO-CAUPI (Vigna unguiculata cv. BRS Tumucumaque)
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21252017v30n422rcPalavras-chave:
Índice de velocidade de germinação. Restrição hídrica. Potencial osmótico.Resumo
O objetivo deste trabalho foi avaliar o comportamento de sementes das sementes da cultivar de feijão-caupi BRS Tumucumaque sob efeito de potenciais hídricos provocados por polietileno glicol (PEG 6000) e manitol e de potenciais salinos induzidos por soluções de NaCl e CaCl2. Para verificação dos estresses hídrico e salino, avaliou-se em laboratório, a combinação de seis potenciais osmóticos (0,0; -0,2; -0,4; -0,6; -0,8 e -1,0 MPa) com os dois agentes de estresses para cada experimento, em delineamento inteiramente casualizado, configurando esquema fatorial 2x6, com quatro repetições de 50 sementes. Foram avaliadas as variáveis: porcentagem de germinação, índice de velocidade de germinação (IVG), comprimento de raiz e parte aérea e massa fresca de plântulas no décimo dia, ao final do período de avaliação. A simulação de deficiência hídrica, utilizando-se manitol e PEG 6000 permitiu a constatação dos efeitos do estresse na germinação e no crescimento inicial das plântulas da cultivar BRS Tumucumaque, pelo decréscimo das variáveis observadas, sendo que os tratamentos à base de PEG 6000 foram os mais drásticos. A indução do estresse salino pelos sais NaCl e CaCl2 foi verificada nas variáveis avaliadas, onde os efeitos do NaCl foram mais acentuados, devido a toxidade do sódio na composição química do sal.Downloads
Referências
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