DINÂMICA DO DESMATAMENTO DE FLORESTA SECA NA BACIA DO PONTAL NO BRASIL

Autores

  • Rodrigo de Queiroga Miranda Postgraduate Program in Development and Environment, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE
  • Josiclêda Domiciano Galvíncio Postgraduate Program in Development and Environment, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE
  • Ygor Cristiano Brito Morais Postgraduate Program in Development and Environment, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE
  • Magna Soelma Beserra de Moura
  • Charles Allan Jones Department of Ecosystem Science, Texas A & M University, College Station, TX
  • Raghavan Srinivasan Department of Ecosystem Science, Texas A & M University, College Station, TX

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252018v31n215rc

Palavras-chave:

Caatinga. Fragmentação. Paisagem. Semiárido. Sensoriamento Remoto.

Resumo

Informações confiáveis sobre a cobertura vegetal e sua dinâmica ao longo do tempo são essenciais para a gestão de vidas, recursos, e apoio a políticas. Embora muitas iniciativas tenham sido realizadas no Brasil desde a década de 1980, o conhecimento sobre suas florestas secas ainda é limitado. Neste estudo, abordamos os moduladores do desmatamento e sua ameaça à floresta seca brasileira chamada Caatinga. Avaliamos a dinâmica da cobertura da terra e métricas de paisagem na bacia do rio Pontal, a qual se tornou uma das áreas mais socialmente e ambientalmente importantes do Brasil. O processo em geral consiste em uma amostragem sistemática baseada em características hidrológicas, onde imagens Landsat (1975 a 2013) combinadas com o software FRAGSTATS foram utilizadas para avaliar índices de métricas de paisagem para a Caatinga. Os dados mostraram que a área relativa (RA) diminuiu de 90,25% para 60,98% ao longo do período de 38 anos, enquanto que a fragmentação (PD) apresentou uma tendência crescente. Além disso, a distribuição espacial de ambos os índices se tornou mais heterogênea e agrupada ao norte. Sugerimos que a aptidão da terra para a agricultura foi a principal causa do desmatamento. A chuva é 112% mais intensa no norte da bacia do que no sul. Portanto a fauna e flora ao norte foram significativamente alteradas e reduzidas. A relação entre desmatamento e tempo mostrou uma ameaça crescente. Outros estudos que avaliem essas causas são necessários para melhorar a compreensão da dinâmica da vegetação nesta região.

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Publicado

06-04-2018

Edição

Seção

Ciências Florestais