AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DA PALMA FORRAGEIRA FERTIRRIGADA COM EFLUENTE DE ESGOTO DOMÉSTICO
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21252018v31n224rcPalavras-chave:
Reúso de água. Opuntia Tuna L. Mill. Absorção de nutrientes.Resumo
O semiárido nordestino enfrenta umas das mais severas secas dos últimos séculos, resultando em reduções severas na produção agrícola. A escassez hídrica na agricultura exige práticas de uso racional e reaproveitamento da água como, por exemplo, a utilização de efluentes de esgoto doméstico . Alternativamente pode-se destacar o uso de esgoto doméstico tratado para irrigação de espécies forrageiras, como a palma. Objetivando avaliar os efeitos da fertirrigação com efluente de esgoto doméstico tratado sob a composição mineral de nutriente em palma forrageira (Opuntia Tuna L. Mill, Orelha-de-elefante Mexicana), foi conduzido um experimento em blocos casualizados em esquema de parcelas subdivididas 3 x (4 + 1), com 4 repetições, sendo três densidades de plantio (66.667,00; 52.282,00 e 33.333,00 plantas ha-1) e duas fontes hídrica associadas a frequência de irrigação com lâmina fixa de 3,5 mm por rega (Frequências de 2,3 dias com água de abastecimento e de 7, 14 e 21 dias com Efluente de Esgoto) e, palma cultivada em sequeiro (testemunha). As análises dos teores nutricionais dos cladódios indicam que houve efeito significativo dos intervalos entre eventos de irrigação apenas para as concentrações de Ca e Mg. Os maiores teores de Ca e Mg foram encontrados com a frequência de irrigação de 2,3 utilizando água de abastecimento. Os macronutrientes em maior quantidade pela palma forrageira foram N e K seguido de Ca, Mg e P. O balanço nutricional indicou excesso de K e P e déficit de N, Ca e Mg, nesta ordem.Downloads
Referências
DONATO, P. E. R. et al. Nutrition and yield of ‘Gigante’ cactus pear cultivated with different spacings and organic fertilizer. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v. 20, n. 12, p. 1083-1088, 2016.
DONATO, P. E. R. et al. Extraction/exportation of macronutrients by cladodes of ‘Gigante’ cactus pear under different spacings and organic fertilization. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v. 21, n. 4, p. 238-243, 2017.
DUBEUX JÚNIOR, J. C. B. et al. Adubação mineral no crescimento e 77 composição mineral da palma forrageira–Clone IPA-20. Revista Brasileira de Ciências Agrárias, Recife, v. 5, n. 1, p. 129-135, 2010.
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA - EMBRAPA. Manual de métodos de análise de solo. 2. ed. Rio de Janeiro, RJ: Centro Nacional de Pesquisas De Solos, 1997. 221 p.
EPSTEIN, E.; BLOOM, A. J. Nutrição mineral de plantas: princípios e perspectivas. Londrina, PR: Editora Planta, 2006. 403 p.
ERNANI, P. R. et al. Potássio. In: NOVAIS, R. F. et al. (Eds.). Fertilidade do Solo. 1. ed. Viçosa, MG: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2007. cap. 9, p. 551-594.
ERTHAL, V. J. et al. Alterações físicas e químicas de um Argissolo pela aplicação de água residuária de bovinocultura. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande v. 14, n. 5, p. 467-477, 2010.
GALIZZI, F. A.; FELKER, P.; GONZÁLEZ, C. Correlations between soil and cladode eensoil and cladode nutriente concentrations and fruit yield and quality in cactus pears, Opuntia ficus indicain a traditional farm setting in Argentina. Journal of Arid Environments, Trelew, v. 59, n. 1, p. 115-132, 2004.
LOPES, R. A. et al. Doses, fontes e épocas de aplicação de nitrogênio em arroz de terras altas cultivado em sistema de semeadura direta. Revista Caatinga, Mossoró, v. 26, n. 4, p. 79-87, 2013.
NOBEL, P. S. et al. Nutrient relations and producitivity of prickly pear cacti. Agronomy Journal, Madison, v. 79, n. 3, p. 550-555, 1987.
SANTOS, D. C. et al. Manejo e utilização da palma forrageira (Opuntia e Nopalea) em Pernambuco: cultivo e utilização. 1. ed. Recife, PE: IPA, 2002. 45 p.
SANTOS, M. V. F. et al. Estudo comparativo das cultivares de palma forrageira “gigante”, “Redonda” (Opuntia ficus-indica Mill) e “Miúda” (Nopalea cochenillifera Salm-Dick) na produção de leite. Revista da Sociedade Brasileira de Zootecnia, Viçosa, v. 19, n. 6, p. 504-511, 1990.
SILVA, A. R. A. et al. Trocas gasosas em plantas de girassol submetidas à deficiência hídrica em diferentes estádios fenológicos. Revista Ciência Agronômica. Fortaleza, v. 44, n. 1, p. 86-93, 2013.
SOUZA, T. C. Sistemas de cultivo para a palma forrageira cv. Miúda (Nopalea cochenillifera Salm Dyck). 2015. 119 f. Tese (Doutorado Integrado em Zootecnia: Área de Concentração em Forragicultura) – Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, 2015.
TELES, M. M. et al. Efeitos da adubação e de nematicida no crescimento e na produção da palma forrageira (Opuntia fícus-indica Mill.) cv. Gigante. Revista Brasileira de Zootecnia, Viçosa, v. 31, n. 1, p. 52-60, 2002.
TELES M. M. et al. Efeito da adubação e do uso de nematicida na composição química da palma forrageira (Opuntia fícus indica Mill). Revista Brasileira de Zootecnia, Viçosa, v. 33, n. 6, p. 1992-1998, 2004.
TEDESCO, M. J. et al. Análise de solo, plantas e outros materiais. 2. ed. Porto Alegre: Departamento de Solos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1995. 174 p. (Boletim Técnico de Solos, 5).
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Os Autores que publicam na Revista Caatinga concordam com os seguintes termos:
a) Os Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons do tipo atribuição CC-BY, para todo o conteúdo do periódico, exceto onde estiver identificado, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista, sem fins comerciais.
b) Os Autores têm autorização para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Os Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).