DINÂMICA DA VEGETAÇÃO HERBÁCEA EM CAATINGA MANIPULADA COM EXCLUSÃO DE PASTEJO SOB ADUBAÇÃO FOSFATADA
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21252018v31n426rcPalavras-chave:
Composição florística. Massa de forragem. Semiárido.Resumo
O semiárido representa cerca de 70% da superfície do Nordeste brasileiro e o recurso forrageiro de maior expressão é a Caatinga, cobrindo aproximadamente 54% desta região. Porém, cerca de 40% dessa vegetação encontra-se em sucessão secundária e as áreas em processo de degradação de intensidade baixa a severa, já somam mais de 20 milhões de hectares, reflexo do uso intenso da terra, dentre elas o superpastejo. Objetivou-se avaliar a influência de diferentes doses de fósforo (0, 50 e 100 kg de P2O5 ha-1 ano), em área de Caatinga manipulada, sem pastejo por quatro anos, sobre a dinâmica da vegetação herbácea em diferentes épocas do ano. O experimento foi conduzido na Unidade Acadêmica de Serra Talhada-UFRPE, durante os anos de 2015 a 2016. Foi utilizado delineamento em blocos casualizados, com três blocos e quatro repetições por bloco. A adubação fosfatada em áreas de exclusão ao pastejo promoveu aumento da massa de forragem do estrato herbáceo da Caatinga enriquecida, em todas as épocas de avaliação, com destaque para a época seca de 2016, que obeteve valores acima da média de 7950 kg de MS ha-1. Promoveu aumento da participação do capim-buffel na composição florística, elevando sua participação na área em torno de 74% para a dose máxima de fósforo utilizada. Neste sentido, a adubação fosfatada até 100 kg de P2O5 ha-1 ano, juntamente com a exclusão ao pastejo, pode ajudar na recuperação da Caatinga enriquecida com capim-buffel e otimizar a sua utilização diminuindo a formação de novas áreas de pastejo na Caatinga.
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