ESTABILIDADE TEMPORAL DO CARBONO ORGÂNICO TOTAL DO SOLO EM DIFERENTES CONDIÇÕES DE MANEJO DA CAATINGA
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21252019v32n320rcPalavras-chave:
Matéria orgânica do solo. Semiárido. Manejo do solo. Aporte de biomassa.Resumo
Objetivou-se com o presente trabalho avaliar a estabilidade temporal do Carbono Orgânico Total do Solo (COT) sob diferentes condições de manejo da Caatinga. O experimento foi realizado na Micro Bacia Experimental do Vale do Curu, localizada no município de Pentecoste-CE. As amostragens foram realizadas em duas parcelas de Caatinga sendo a primeira um estrato em preservação há 35 anos (CP35), e a segunda em uma área de raleio há 30 anos (CR30), os pontos amostrais foram distribuídos em uma malha uniforme de 30x30 m. Foram realizadas coletas entre fevereiro de 2016 a abril de 2017 na profundidade de 0-0,2 m. O solo foi acondicionado e posteriormente analisado para a determinação do COT, em seguida aplicaram-se os testes não paramétricos de Spearman, Diferença Relativa Média (DRM) e o Índice de Estabilidade Temporal (IET) para a avaliação da estabilidade do COT. Observou-se uma maior correlação entre datas de coletas para a parcela CR30 em comparação com a CP35 por meio do teste de Spearman. A DRM da CP35 apresentou mais pontos com diferença relativa que se aproximam de zero, enquanto CR30 apresentou mais pontos com menor desvio padrão. Quando se aplicou o IET à CR30 apresentou um maior número de pontos indicados para serem utilizados por possuírem melhor estabilidade temporal. Portanto, pode-se concluir que a Caatinga raleada dispõe de maior estabilidade temporal que a Caatinga em preservação com valores do Índices de Estabilidade Temporal cerca de 1,5 vezes maior. O raleamento da vegetação promove homogeneização do Carbono Orgânico Total no Solo (COT), enquanto o pousio, característico manejo de preservação, maior heterogeneidade.
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