TROCAS GASOSAS, PIGMENTOS CLOROPLASTÍDICOS E CRESCIMENTO DO MARACUJAZEIRO CULTIVADO COM ÁGUAS SALINAS E ADUBAÇÃO POTÁSSICA
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21252020v33n120rcPalavras-chave:
Estresse salino. Potássio. Osmorregulação.Resumo
Objetivou-se com este trabalho avaliar as trocas gasosas, os pigmentos cloroplastidicos e o crescimento do maracujazeiro ‘BRS Rubi do Cerrado’ em função da irrigação com águas salinas e adubação potássica, na fase de formação de mudas. O experimento foi conduzido sob condições de casa-de-vegetação no município de Pombal-PB. Foi utilizado o delineamento de blocos casualizados em esquema fatorial 5 x 2, sendo cinco níveis de condutividade elétrica da água – CEa (0,3; 1,1; 1,9; 2,7 e 3,5 dS m-1) e duas doses de potássio – DK (50 e 100% da recomendação) com quatro repetições e duas plantas por parcela. A salinidade da água a partir de 0,3 dS m-1 diminuiu a abertura estomática, a transpiração, a assimilação de CO2 e inibiu o crescimento das plantas de maracujazeiro ‘BRS Rubi do Cerrado’, aos 40 dias após o semeio. Não houve restrição de CO2 na cavidade subestomática das plantas de maracujazeiro cultivadas sob salinidade da água a partir de 0,3 dS m-1. A dose de potássio de 150 mg kg-1 de solo, correspondente a 100%, intensificou o efeito do estresse salino sobre a taxa de assimilação e a eficiência instantânea de carboxilação no maracujazeiro ‘BRS Rubi do Cerrado’. Houve interação entre os níveis salinos da água e as doses de potássio para os teores de clorofila a e b do maracujazeiro ‘BRS Rubi do Cerrado’.
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