DOSES DE NITROGÊNIO NO MILHO CONSORCIADO COM FORRAGEIRA, SOB EFEITO RESIDUAL DA COINOCULAÇÃO NA SOJA
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21252020v33n306rcPalavras-chave:
Consórcio. Urochloa ruziziensis. Azospirillum brasilense. Adubação nitrogenada.Resumo
A coinoculação consiste no uso de combinações de micro-organismos, os quais produzem efeito de sinergismo, ultrapassando resultados produtivos obtidos de forma isolada. Objetivou-se avaliar o efeito da inoculação e coinoculação sobre a cultura da soja e seus reflexos sobre a cultura do milho sob doses de nitrogênio (N) no sistema de consórcio milho + braquiária. O experimento foi instalado na área experimental da Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT, Campus de Alta Floresta em LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico. Para a cultura da soja o delineamento utilizado foi blocos ao acaso, sendo os tratamentos constituídos pela inoculação com Bradyrhizobium japonicum com e sem a coinoculação com Azospirillum brasilense, com vinte repetições cada. O delineamento para cultura do milho foi em faixa, sendo os tratamentos experimentais constituídos pela combinação do resíduo da inoculação e da coinoculação na faixa e cinco doses de N (0, 50, 100, 150 e 200 kg ha-1), aplicadas no milho safrinha consorciado com Urochloa ruziziensis nas parcelas, com quatro repetições. A coinoculação das sementes de soja e o resíduo da coinoculação no milho elevaram a massa seca da raiz para as duas culturas, porém esse incremento não se deu para a maioria das características vegetativas e reprodutivas avaliadas no milho. Para a produtividade e também para a maioria das características avaliadas ocorreu resposta linear crescente com o aumento das doses de N aplicadas, indicando que poderia haver respostas a doses superiores a 200 kg ha-1.
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