EPÓCAS DE COLHEITA COM DESSECAÇÃO QUÍMICA E SUAS RELAÇÕES COM A QUALIDADE FISIOLÓGICA E EXPRESSÃO ENZIMÁTICA EM SEMENTES DE SOJA
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21252020v33n209rcPalavras-chave:
Antioxidantes. Glycine max. Maturidade fisiológica. Processos de respiração.Resumo
O objetivo no trabalho foi avaliar o efeito de dessecantes químicos e épocas de colheita sobre a qualidade fisiológica e expressão enzimática em sementes de soja. O delineamento experimental foi blocos casualizados, com quatro repetições, em esquema fatorial (4 × 3 + 1): quatro dessecantes (paraquat - 2 L ha-1, glufosinato de amônio – 2 L ha-1, diquat – 1,5 L ha-1, saflufenacil 40 g ha-1) aplicado no estádio fenológico R7.1 (início do amarelecimento das folhas), com três épocas de colheita (0; 14 e 28 dias após o estádio fenológico R8) mais o controle (ausência de dessecante e colhida em R8). Foi avaliada a qualidade fisiológica das sementes de soja por meio de testes em laboratório e a expressão enzimática das enzimas malato desidrogenase, álcool desidrogenase, esterase, isocitrato liase e para a superóxido dismutase. A colheita de sementes no estádio R8+14 promove as maiores perdas na qualidade das sementes, todavia, não só tempo de atraso afeta, mas a ocorrência de precipitações é decisiva, sendo que chuva de 50 mm, já proporciona deterioração das sementes de soja. Os dessecantes diquat e paraquat foram os que promoveram os menores e maiores danos à qualidade fisiológica das sementes, respectivamente. A expressão das enzimas álcool desidrogenase, esterase e isocitrato liase são eficientes no monitoramento e com adequada correlação com a qualidade fisiológica. A malato desidrogenase e superóxido dismutase apresentam baixa correlação com os testes fisiológicos realizados nas sementes de soja.
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