CRESCIMENTO E TROCAS GASOSAS DO ALGODOEIRO SOB SALINIDADE DA ÁGUA E COMBINAÇÃO NITROGÊNIO-POTÁSSIO
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21252020v33n219rcPalavras-chave:
Gossypium hirsutum L., Águas salinizadas, Fotossíntese, Fitomassa.Resumo
Objetivou-se com este trabalho avaliar o crescimento e as trocas gasosas do algodoeiro de fibra branca cv BRS 368 RF irrigado com águas de salinidade crescente sob combinação de nitrogênio-potássio em casa de vegetação no município de Campina Grande-PB. Os tratamentos foram distribuídos em blocos casualizados, correspondentes a cinco níveis de condutividade elétrica da água - CEa (0,7; 2,2; 3,7; 5,2 e 6,7 dS m-1) e quatro combinações de nitrogênio-potássio – N/K2O (70/50, 100/75, 130/100, 160/125% da dose recomendada para ensaios em vasos), com três repetições. A irrigação com água de condutividade elétrica a partir de 0,7 dS m-1 comprometeu o crescimento e as trocas gasosas do algodoeiro cv. BRS 368 RF, sendo a fitomassa seca de folha, caule e raiz as variáveis mais sensíveis ao estresse salino. A combinação nitrogênio-potássio de 100/75%, da recomendação para estudo de vasos resultou em maior crescimento em altura das plantas, mas a maior condutância estomática do algodoeiro cv. BRS 368 RF foi registrada nas plantas cultivadas com 75/50% de N/K2O, aos 77 dias após a semeadura. A variação da combinação N/K2O não interferiu no acúmulo de fitomassas das plantas de algodoeiro. O tratamento com água de menor salinidade (0,7 dS m-1) e a combinação de 160/125% da recomendação promoveu maior expansão foliar das plantas, aos 107 dias após a semeadura.
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