TOLERÂNCIA AO DÉFICIT HÍDRICO EM HÍBRIDOS INTERVARIETAIS DE MILHO
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21252021v34n109rcPalavras-chave:
Déficit hídrico. GGE Biplot. Interação genótipos x ambientes.Resumo
Na época do plantio de milho safrinha ocorre maior instabilidade climática, com maior probabilidade de ocorrência de períodos de déficit hídrico. Este é um dos fatores que mais causa redução na produtividade de grãos de milho. O objetivo deste trabalho foi identificar genótipos de milho tolerantes ao déficit hídrico, estáveis e responsivos à irrigação. Avaliaram-se 26 híbridos intervarietais convencionais de milho, em experimentos realizados em Mococa/SP e Tatuí/SP, no Instituto Agronômico. Em cada local foram conduzidos dois ensaios, um sob condições de irrigação e outro sob estresse hídrico, em delineamento experimental de blocos casualizados com 3 repetições. Foram avaliados: florescimentos masculino e feminino, alturas da planta e de espiga, peso hectolítrico, peso de cem grãos e produtividade de grãos. Foi realizada análise de variância conjunta e a estabilidade foi analisada pelo GGEBiplot. Observaram-se efeitos de genótipos e local significativos para todas as características e efeitos significativos da interação genótipos x locais, exceto para altura de espiga e florescimento masculino. Já o efeito de condições hídricas foi significativo para a maioria dos caracteres, fato essencial para a viabilidade do trabalho. As características mais afetadas pelo déficit hídrico foram florescimento masculino, altura de plantas e de espigas e a produtividade de grãos. Os híbridos F2 BM709 x PopTol 2, IAC 46 x PopTol 2, F2 30K75 x PopTol 3 e F2 BM709 x PopTol 3 são considerados ideótipos por apresentarem elevada produtividade, plasticidade fenotípica e tolerância à seca, podendo ser indicados para programas de melhoramento genético visando tolerância à seca.
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