CRESCIMENTO E QUALIDADE PÓS-COLHEITA DE FRUTOS DE ACEROLEIRA IRRIGADA COM ÁGUAS SALINAS E ADUBAÇÃO POTÁSSICA
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21252020v33n321rcPalavras-chave:
Malphigia emarginata. Estresse salino. Mitigação. Potássio.Resumo
O trabalho foi desenvolvido objetivando avaliar o crescimento e a qualidade físico-química de frutos de aceroleira cv. BRS 366-Jaburu, em função da irrigação com água salina e adubação potássica. A pesquisa foi realizada sob condições de casa de vegetação em Campina Grande-PB. Utilizaram-se o delineamento em blocos casualizados, em esquema fatorial 2 x 4, sendo dois níveis de condutividade elétrica da água de irrigação - CEa (0,8 e 3,8 dS m-1) e doses de potássio de 50, 75; 100 e 125% da recomendação, sendo a dose correspondente a 100% igual a 19,8 g de K2O por planta ano-1, com três repetições e uma planta por parcela. A utilização de água com salinidade de 3,8 dS m-1 inibiu o crescimento absoluto e relativo em diâmetro do porta-enxerto e do enxerto da aceroleira, no período de 100 a 465 dias após o transplantio. A interação entre os níveis salinos e as doses de potássio foi significativa para o potencial hidrogeniônico, os sólidos solúveis e teores de antocianinas em frutos de aceroleira BRS 366 -Jaburu, sendo os maiores valores obtidos nas plantas adubadas com 125, 125 e 50% da recomendação de K2O e salinidade da água de 3,8; 3,8 e 0,8 dS m-1, respectivamente. Doses crescentes de potássio não atenuaram os efeitos do estresse salino sobre o crescimento relativo em diâmetro do porta-enxerto, o diâmetro polar dos frutos e os teores de antocianinas da aceroleira. Os teores de sólidos solúveis da polpa dos frutos de aceroleira aumentaram com aplicação de K2O.
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