DISPERSÃO, BANCO DE SEMENTES, SOBREVIVÊNCIA E CRESCIMENTO INICIAL DE TRÊS ÁRVORES DA CAATINGA
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21252020v33n416rcPalavras-chave:
Regeneração natural. Aroeira. Ipê roxo. Cumarú. Emergência de mudas.Resumo
Myracrodruon urundeuva, Handroanthus impetiginosus e Amburana cearensis são árvores da caatinga que produzem madeira valiosa, mas pouco se conhece sobre sua ecologia. Avaliou-se a distribuição de suas sementes no solo antes e após a dispersão, a emergência, a sobrevivência e o crescimento das mudas na estação chuvosa após a dispersão. Não havia sementes viáveis remanescentes dessas espécies no banco de sementes antes da dispersão. Após a dispersão, foram observadas, em média, 188 sementes m2 em um raio de 30 m em torno das M. urundeuva, 9 sementes m-2 em um raio de 10 m das H. impetiginosus e 5 sementes m-2 em um raio de 20 m ao redor das A. cearensis. A distância de dispersão atingiu 30, 20 e 10 m para M. urundeuva, H. impetiginosus e A. cearensis, respectivamente, certamente devido a diferenças na altura das árvores, no peso das sementes, na densidade da floresta e intensidade do vento. A emergência das plântulas foi observada durante 4 (M. urundeuva) e 9 (H. impetiginosus e A. cearensis) semanas. A mortalidade predominou no início e no final da estação chuvosa para M. urundeuva e A. cearensis, respectivamente, enquanto praticamente todas as mudas de H. impetiginosus sobreviveram. Myracrodruon urundeuva apresentou a maior taxa de mortalidade, mas estabeleceu mais mudas do que as outras espécies. A sobrevivência das mudas mostrou-se máxima a aproximadamente 5 metros das árvores. O recrutamento de mudas e a regeneração natural dessas árvores estão assegurados nesta área de Caatinga.
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