NATUREZA CATIÔNICA DA ÁGUA E PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO NA FORMAÇÃO DE MUDAS DE MARACUJAZEIRO
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21252021v34n418rcPalavras-chave:
Passiflora edulis Sims. Estresse salino. Aclimatação.Resumo
Realizou-se esta pesquisa com o objetivo de avaliar as relações hídricas, os pigmentos fotossintéticos e o crescimento do maracujazeiro cv. BRS Rubi do Cerrado, em função da natureza catiônica da água de irrigação e aplicação exógena de peróxido de hidrogênio. O experimento foi desenvolvido em condições de casa de vegetação em Pombal - PB. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados, em esquema fatorial 6 × 4, sendo seis natureza catiônica da água - NCA (S1 -Testemunha; S2 - Na+; S3 - Ca2+; S4 - Na++Ca2+; S5 - Mg2+ e S6 - Na++Ca2++Mg2+) e quatro concentrações de peróxido de hidrogênio – H2O2 (0, 20, 40 e 60 µM), distribuídos em delineamento de blocos ao acaso com quatro repetições. As plantas do tratamento testemunha (S1) foram irrigadas com água de condutividade elétrica (CEa) de 0,3 dS m-1, e os demais tratamentos (S2; S3; S4; S5 e S6) foram submetidos à CEa de 3,0 dS m-1, preparada com diferente(s) cátion(s). Aplicação de 60 µM de H2O2 diminuiu a percentagem de extravasamento de eletrólitos nas plantas irrigadas com água de composição cálcica. A salinidade da água constituída de sódio, sódio+cálcio e sódio+cálcio+magnésio e concentrações de 40 e 60 µM de H2O2 resultou em menor potencial hídrico foliar. O acúmulo de fitomassas do maracujazeiro foi mais sensível à variação da condutividade elétrica da água. Independente da natureza catiônica, o uso de água com condutividade elétrica de 3,0 dS m-1 produziu mudas de maracujazeiro com índice de qualidade de Dickson superior a 0,2 considerado aceitável.
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