QUALIDADE DE ALHO LIVRE DE VÍRUS SOB CONDIÇÕES DE ELEVADA ALTITUDE NO SEMIÁRIDO NORDESTINO
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21252020v33n409rcPalavras-chave:
Allium sativum L. Sólidos solúveis. Pungência. Índice industrial. Correlação fenotípica.Resumo
O alho é uma hortaliça rica em amido e substâncias aromáticas de alto valor condimentar, podendo ser consumida tanto na forma in natura quanto industrializada. A exigência do mercado consumidor vem crescendo nos últimos anos, sendo o alho-semente livre de vírus uma das tecnologias capazes de proporcionar um produto final de melhor qualidade comercial. Com o objetivo de avaliar a qualidade de alho livre de vírus sob condições de elevada altitude no semiárido nordestino, três experimentos foram desenvolvidos em 2018 em Portalegre-RN. No primeiro experimento, utilizaram-se cultivares de alho livre de vírus (LV) de primeira geração (G1); no segundo, os cultivares LV de segunda geração (G2) e no terceiro, os cultivares que não passaram pela limpeza clonal (infectados). O delineamento experimental empregado, nos três experimentos, foi em blocos casualizados com quatro repetições. Os tratamentos foram constituídos pelos cultivares Amarante, Branco Mossoró, Cateto Roxo, Gravatá e Hozan. O alho-semente LV proporcionou maior diâmetro do bulbo, sólidos solúveis, sólidos totais, pungência e rendimento industrial, demonstrando que a sanidade do material propagativo é relevante na qualidade do alho para o consumo industrial. Para sólidos totais sobressaíram-se os cultivares Amarante, Cateto Roxo e Hozan, sendo esse último se destacado em diâmetro de bulbo, sólidos solúveis, pungência e índice industrial. Houve correlações positivas entre diâmetro de bulbos, pungência e índice industrial, e sólidos solúveis, pungência e índice industrial.
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