REAÇÃO DE GENÓTIPOS DE MARACUJAZEIRO AO COMPLEXO Meloidogyne incognita E Fusarium solani
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21252021v34n312rcPalavras-chave:
Nematoide das galhas. Resistência. Podridão do colo. Genótipos. Passiflora spp.Resumo
A interação Meloidogyne-Fusarium pode alterar o comportamento de resistência de genótipos de maracujazeiro. Objetivou-se, neste trabalho avaliar a reação de genótipos de Passiflora ao complexo Meloidogyne incognita raça 3 e Fusarium solani. O experimento foi conduzido em DBC com esquema fatorial 10x3, sendo dez genótipos de Passiflora, (híbrido BRS Sol do Cerrado, seleção-M-19 da UFV, P. alata, P. nitida, P. giberti, P. setacea, P. mucronata, P. morifolia, P. cincinnata e P. ligularis e três tratamentos, M. incognita raça 3, M. incognita + Fusarium solani e F. solani. Após 180 dias do plantio e inoculação dos patógenos, avaliou-se a reação a M. incognita por meio do fator de reprodução- (FR = Pi/Pf) e variáveis nematológicas e a reação a F. solani pelo tamanho das lesões nas raízes e caules. De acordo com os critérios de Oostenbrink e de Moura e Regis, ‘BRS-Sol do Cerrado’, M-19-UFV, P. alata e P. cincinnata foram resistentes e P. giberti foi suscetível a M. incognita raça 3. De acordo com Taylor e Sasser, ‘BRS-Sol do Cerrado’, M-19-UFV, P. alata, P. cincinnata e P. giberti foram resistente, moderadamente, moderadamente suscetível e suscetível, respectivamente, ao nematoide. Menores porcentagens de plantas com sintomas de Fusarium foi encontrada em P. mucronata, P. nitida, P. setacea, P. cincinnata e M-19-UFV. Na presença de ambos os patógenos, M-19-UFV, P. alata e P. nitida foram os que apresentaram maior tamanho de lesão. Na presença de F. solani,‘BRS-Sol do Cerrado’, P. alata, P. cincinnata e P. ligularis apresentaram as maiores lesões causadas pelo fungo.
Downloads
Referências
ABD-EL-FATTAH, T. I. et al. Interaction of Fusarium solani and Meloidogyne incognita on sugar beet and their control using Trichoderma viride. Journal of Applied Sciences Research, 8: 3166-3175, 2012.
BONETI, J. I. S.; FERRAZ, S. Modificação of method of Hussey and Barker for extraction of eggs of Meloidogyne exigua of coffee plants. Phytopathology Brazilian, 6: 553-553, 1981.
BUENO, C. J et al. Comportamento do maracujazeiro amarelo, variedade Afruvec, ante uma população de Fusarium solani, agente causal da podridão-do-colo. Arquivo Instituto Biológico, 77: 533-537, 2010.
CARNEIRO, F. F.; RAMALHO, M. P.; PEREIRA, M. J. Z. Fusarium oxysporum f. sp. phaseoli and Meloidogyne incognita interaction in common bean. Crop Breeding and Applied Biotechnology, 10: 271-274, 2010.
CASTRO, A. P. G. et al. Resistência de genótipos comerciais e silvestres de Passiflora spp. a Meloidogyne incognita em condições de casa de vegetação. Revista da Faculdade de Zootecnia, Veterinária e Agronomia, 17: 186-198, 2010.
CARVALHO, et al. Passion Fruit (Passiflora spp.) species as sources of resistance to soil phytopathogens Fusarium solani and Fusarium oxysporum f. sp. passiflorae complex. Revista Brasileira Fruticultura, 43: 1-9, 2021.
CHITWOOD, B. G. 'Root-knot nematodes'. Part 1. A revision of the genus Meloidogyne Goeldi, 1887. Proceedings of the Helminthological society of Washington, 16: 90-114, 1949.
DARIVA, J. M. Fusarioses do maracujazeiro: etiologia e sintomatologia. 2011. 71 f. Dissertação (Mestrado em Produção Vegetal: Área de Concentração em Fitossanidade) - Universidade Estadual de Montes Claros, Janaúba, 2011.
DONG, W. et al. Comparison of methods for assessing resistance to Meloidogyne arenaria in peanut. Journal of Nematology, 39: 169-175, 2007.
EL-MOOR, R. D. et al. Reaction of genotypes of passion fruit plant sour to the root-knot nematodes(Meloiodgyne incognita and Meloidogyne javanica). Bioscience Journal, 25: 53-59, 2009.
FALEIRO, F. G.; JUNQUEIRA, N. T. V.; BRAGA, M. F. Maracujá: demandas para a pesquisa. 1. ed. Planaltina, DF: Embrapa Cerrados, 2006, 54 p.
FERREIRA, D. F. SISVAR: um programa para análises e ensino de estatística. Revista Symposium, 6: 36-41, 2008.
FISCHER, I. H. et al. Reaction of passion fruit plant-yellow to the complex of fusariose-nematode of branch |knot|. Acta Scientiarum Agronomy, 2: 223-227, 2010.
FISCHER, I. H. et al. Seleção de plantas resistentes e de fungicidas para o controle da podridão-do-colo do maracujazeiro causada por Nectria hematococca. Fitopatologia Brasileira, 30: 250-258, 2005a.
FISCHER, I. H. et al. Ocorrência of Nectria haematococca in maracujazais in the state of Rio de Janeiro and resistance of Passiflora mucronata to the pathogen. Phytopathology Brazilian, 30: 671, 2005b.
FISCHER, I. H. et al. Ocorrência de Nectria haematococca em maracujazais no estado do Rio de Janeiro e resistência de Passiflora mucronata ao patógeno. Fitopatologia Brasileira, 30: 671-671, 2005b.
GARCIA, M. J. D. M. et al. Reação de maracujazeiro amarelo ‘Afruvec’ e ‘Maguary’ a Meloidogyne spp. Arquivos do Instituto Biológico, 75: 235-238, 2008.
GOMES, M. G. et al. Guava decline: the complex disease involving Meloidogyne mayaguensis and Fusarium solani. Journal of Phytopathology, 159: 45-50, 2011.
IBGE - Institute Brazilian of Geography and statistical. 2019. Data demográficos and production agricultural municipal. Available in: <https://cities.ibge.gov.br/brasil/research/15/0>. Acesso in: 04 May. 2021.
JENKINS, W. R. The rapid centrifugal- flotation technique for separating nematodes from soil. Plant Disease Reporter, 48: 692-692, 1964.
LESLIE, J. F.; SUMMERELL, B. The Fusarium laboratory manual. v. 2. n. 10. Blackwell Pub., 2006.
MOURA, R. M.; REGIS, E. M. O. Reações de feijoeiro comum (Phaseolus vulgaris) em relação ao parasitismo de Meloidogyne javanica e M. incognita (Nematoda: Heteroderidae). Nematologia Brasileira, 10: 215-225, 1987.
OOSTENBRINK, M. Major characteristics of the relation between nematodes and plants. Mededelingen, 66: 1-46, 1966.
PONTE, J. J. et al. Calagem, adubação orgânica e fungicida de solo no controle da podridão do pé (Fusarium solani) do maracujá amarelo. Fitopatologia Venezolana, 12: 30-31, 1998.
ROCHA, L. S. et al. Reação de genótipos de maracujazeiro a Meloidogyne incognita raça 3 e Meloidogyne javanica. Revista Brasileira de Fruticultura, 35: 1017-1024, 2013.
ROCHA. L. S. et al. Reaction of cultivars of banana tree to the complex Meloidogyne javanica X Fusarium oxysporum f. sp. cubense. Revista Caatinga, 31: 572 -583, 2018.
RONCATTO, G. et al. Comportamento de maracujazeiros (Passiflora spp.) quanto à morte prematura. Revista Brasileira de Fruticultura, 26: 552-554, 2004.
SILVA, G. S.; PEREIRA, A. L. Efeito da incorporação de folhas de nim ao solo sobre o complexo Fusarium x Meloidogyne em quiabeiro. Summa phytopathologica, 34: 368-370, 2008.
SILVA, et al. Identification of passion fruit genotypes resistant to Fusarium oxysporum f. sp. passiflorae. Tropical Plant Pathology, 38: 236-242, 2013.
TAYLOR, A. L.; SASSER, J. N. Biology, identification and control of root-knot nematodes (Meloidogyne species). Raleigh: North Caroline State University, 1978. 111 p.
WHITE, T. J. et al. Amplification and direct sequencing of fungal ribosomal RNA genes for phylogenetics. In: INNIS, M. A.; GELFAND, D. H.; SNINSKY, J. J.; WHITE, T. J. (Eds.). PCR protocols: the guide to methods and applications. San Diego, CA: Academic Press, 1990. v. 1, p. 315-322.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Os Autores que publicam na Revista Caatinga concordam com os seguintes termos:
a) Os Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons do tipo atribuição CC-BY, para todo o conteúdo do periódico, exceto onde estiver identificado, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista, sem fins comerciais.
b) Os Autores têm autorização para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Os Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).