RESPOSTAS NA BIOMASSA E QUÍMICAS DE ACESSOS DE Desmanthus spp. SUBMETIDOS A PRIVAÇÃO DE ÁGUA
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21252021v34n421rcPalavras-chave:
Planta forrageira. Leguminosa nativa. Proteína.Resumo
Devido às previsões de mudanças climáticas, é necessário identificar plantas forrageiras que sob estresse hídrico possam manter a produtividade e o valor nutritivo. O objetivo foi avaliar a biomassa e as respostas químicas de três acessos de Desmanthus spp. em dois regimes de privação de água (7 e 21 dias). O delineamento experimental foi em blocos ao acaso em esquema fatorial 3 x 2 (acesso e privação de água), com quatro repetições. Houve redução da biomassa de folha e caule de 64% e 51%, respectivamente. O 43F apresentou maior biomassa de folha (1,86 g.planta-1) e caule (1,97 g.planta-1) que os acessos 89F e AusT, na privação de água de 21 dias. Nas folhas dos acessos 43F e 89F, os carboidratos acumularam em torno de 28% e 51%, respectivamente, sob privação de 21 dias, enquanto o AusT diminuiu 38% no intervalo de 7 dias. A privação de água afetou as características químicas dos acessos. A prolina livre foi semelhante entre os acessos e acumulou 463% a mais nas folhas de plantas com 21 dias de privação de água (90,22 mg.kg-1) em relação às submetidas a 7 dias (16,03 mg.kg-1). O acúmulo de prolina e carboidratos solúveis totais em 43F e 89F foram insuficientes para regular a proteína bruta, o teor de C e a relação C:N. Há variabilidade na tolerância à seca entre espécies e acessos. Os acessos 43F e 89F foram mais suscetíveis à privação de água por 21 dias, enquanto AusT mostrou maior tolerância à seca.
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