TECNOLOGIAS DE PULVERIZAÇÃO DE FUNGICIDAS NO CONTROLE DA FERRUGEM ASIÁTICA EM CULTIVARES DE SOJA
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21252022v35n308rcPalavras-chave:
Controle químico. Glycine max. Phakopsora pachyrhizi. Pontas de pulverização. Volume de pulverização.Resumo
A adequação de tecnologia de pulverização no controle da ferrugem asiática aos fatores relacionados às cultivares de soja e tipo de fungicida é fundamental para a eficiência no controle dessa doença. Neste sentido, o objetivo foi avaliar a eficácia do controle químico da ferrugem asiática da soja e a deposição do fungicida aplicado na cultura, em função de diferentes volumes de calda e pontas de pulverização. Foram instalados quatro experimentos a campo durante a safra 2014/2015, cada um realizado com uma cultivar de soja, utilizando: NA 5909 RR®, NS 7237 IPRO®, BMX Potência RR® e W 712 RR®. O delineamento experimental foi em blocos casualizados em arranjo fatorial 2x2x2, com quatro repetições. O primeiro fator correspondeu a utilização dos fungicidas: [pyraclostrobin + epoxiconazole] e [pyraclostrobin + epoxiconazole] + mancozeb; o segundo fator, tipos de ponta de pulverização: leque duplo e triplo; e o último fator, volume de aplicação: 60 e 120 L ha-1. A utilização do maior volume de aplicação resultou em maior deposição de gotas no dossel das plantas independente do fungicida, tipo de ponta de pulverização e da cultivar. A associação dos fungicidas [pyraclostrobin + epoxiconazole] + mancozeb, apresentou maior eficácia no controle da ferrugem independente do tipo de ponta e do volume aplicado quando comparado ao [pyraclostrobin + epoxiconazole]. O maior volume de aplicação proporcionou menor progresso da doença nas cultivares NA 5909 RR®, NS 7237 IPRO® e BMX Potência RR®. A produtividade das cultivares foi superior quando se utilizou a associação [pyraclostrobin + epoxiconazole] + mancozeb.
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