ATIVIDADE CELULOLÍTICA DE FUNGOS AEROBIOS ISOLADOS DO RÚMEN DE BOVINOS LEITEIROS ALIMENTADOS COM FORRAGENS TROPICAIS
Palavras-chave:
Bovinocultura. Celulases. Micobiota ruminal. Rúmen. Semiárido.Resumo
Objetivou-se avaliar a atividade celulolítica de fungos aeróbios isolados do trato digestório de bovinos leiteiros alimentados com forragens tropicais. Os isolados dos fungos foram provenientes de 30 amostras de fluido ruminal de vacas alimentadas com silagem de sorgo, 32 de vacas alimentadas em pastagem de Brachiaria brizantha (braquiarão), 12 de bezerras recebendo silagem de sorgo e 11 de bezerras alimentadas com cana-de-açúcar. O isolamento foi realizado em meio C, contendo celulose. Foram avaliados 49 isolados, sendo 27 Aspergillus spp., quatro Gliocladium spp., seis Paecilomyces spp., nove Rhizophus spp. e três Scedosporium. Esses isolados foram incubados em meio C, contendo celulose microcristalina a 1% como única fonte de carbono, e incubados em estufa a 37°C em triplicata. Os índices de atividades celulolíticas foram verificados após 24, 48 e 72 horas, calculados pela razão entre o halo de degradação e o da colônia e comparados em testes não paramétricos. O gênero Aspergillus apresentou maior média de índice de atividade celulolítica quando comparado ao gênero Rhizophus (p<0,05). Oito isolados de Aspergillus spp. e seis de Paecilomyces spp. apresentaram índice superior a um, indicando potencial para utilização na nutrição de ruminantes.Downloads
Não há dados estatísticos.
Referências
ABRÃO, F. O. et al. Characterization of fungi from ruminal fluid of beef cattle with different ages and raised in tropical lignified pastures. Current Microbiology. New York, v. 69, n. 5, p. 649-659, 2014.
ALMEIDA, P. N. M. et al. Aerobic fungi in the rumen fluid from dairy cattle fed with different sources of forage. Revista Brasileira de Zootecnia, Viçosa, v. 41, n. 11, p. 2336-2342, 2012.
AMORE, A.; FARACO, V. Potential of fungi as category i consolidated bioprocessing organisms for cellulosic ethanol production. Renewable and Sustainable Energy Reviews, Golden, v. 16, n. 5, p. 3286–3301, 2012.
CASADEVALL, A. Determinants of virulence in the pathogenic fungi. Fungal Biology Reviews, Manchester , v. 21, n. 4, p. 130-132, 2007.
DEHORITY, B. A. Microbial Interactions in the Rumen. Revista de la Facultad de Agronomía, Luz, v. 15, p. 69-86, 1998.
DIRKSEN, G. Sistema digestivo. In: Dirksen, G.; Gründer, H.D.; Stöber, M. (Ed.). Rosenberger: exame clínico dos bovinos. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan. p. 167-169, 1993.
KAMRA, D. N. Rumen Microbial Ecosystem. Current Science, Bangalore, v. 89, n. 1, p. 125-35, 2005.
KAVANAGH, K. Fungi: Biology and applications. John Wiley and Sons Editors. 2005. 267 p.
KUHAD, R. C.; GUPTA, R.; SINGH, A. Microbial cellulases and their industrial applications. Enzyme Research, Magarpatta, v. 7, p. 10, 2011.
LACAZ, C. S. Tratado de micologia médica Lacaz. 9. Ed. São Paulo: Sarvier, 2002. 1104 p.
LACAZ, C. S. et al. Guia Para Identificação de Fungos Actinomicetos e Algas de Interesse Médico, 8. Ed. São Paulo: Sarvier, 1998.
LOPES, F. C. F. et al. Efeitos da Defaunação em Ovinos Alimentados Com Cana-de-Açúcar (Saccharum Officinarum, L.) Adicionada de Uréia. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, Belo Horizonte, v.54, n. 2, p.180-182, 2002.
MARTILLOTTI, F. et al. Microbial and chemical characterization of rumen contents of grazing dairy cows, In: Prins R.A., Stewart C.S. (Ed.), Micro-organisms in Ruminant Nutrition. Dalfsen: Nottingham University Press, p.43-48, 1994.
MARTIN, A. S.; NISBET, D. J. Effect of direct-fed microbial on rumen microbial fermentation. Journal Dairy Sciense, Champaign, v. 75, n. 6, p. 1736-1744, 1992.
MOUNTFORT, D. O.; RHODES, L. L. Anaerobic growth and fermentation characteristics of Paecilomyces lilacinus isolated from mullet gut. Applied and Environmental Microbiology, Washington, v. 57, p. 1963-1968, 1991.
OYELEKE, S. B.; OKUSANMI, T. A. Isolation and characterization of cellulose hydrolyzing microorganism from the rumen of ruminants. African Journal of Biotechnology, Nairobi, v. 7, n. 10, p. 1530-1504, 2008.
PINTO, G. A. S. et al. Selection of Tannase-Producing Aspergillus Niger Strains. Brazilian Journal of Microbiology, São Paulo, v. 32, n. 1, p. 24-26, 2001.
SAEG – Sistema para Análises Estatísticas. Versão 9.1: Fundação Arthur Bernardes. Viçosa, UFV, 2007.
SCHMIDT, J. A. et al. Characterization of Aspergillus oryzae fermentation extract effects on the rumen fungus Neocallimastix frontalis, EB 188. Applied Microbiology and Biotechnology, Heidelberg, v. 63, n. 4, p. 422-430, 2004.
SILVA, J. O.; FERREIRA, J. C.; CANDIDO, R. C. Atividade enzimática, produção de slime e sensibilidade a antifúngicos de Candida sp. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, Uberaba, v. 40, n. 3, p. 354-355, 2007.
SOARES, I. A. et al. Identificação do potencial amilolítico de linhagens mutantes do fungo filamentoso Aspergillus nidulans. Food Science and Technology, Campinas, v. 30, n. 3, p. 700-705, 2010.
TEATHER, R. M.; WOOD, P. J. Use of Congo red-polysaccharide interactions in enumeration and characterization of cellulolytic bacteria from the bovine rumen. Applied and Environmental Microbiology, Washington, v. 43, n. 4, p.777-780, 1982.
VAN SOEST, P. J. Nutritional ecology of the ruminant. 2aed. Ithaca: Cornell University Press, 476 p, 1994.
WALLACE, R. J. Ruminal microbiology, biotechnology, and ruminant nutrition: progress and problems. Journal Animal Sciense, Champaign, v. 72, n. 11, p. 2992-3003, 1994.
ALMEIDA, P. N. M. et al. Aerobic fungi in the rumen fluid from dairy cattle fed with different sources of forage. Revista Brasileira de Zootecnia, Viçosa, v. 41, n. 11, p. 2336-2342, 2012.
AMORE, A.; FARACO, V. Potential of fungi as category i consolidated bioprocessing organisms for cellulosic ethanol production. Renewable and Sustainable Energy Reviews, Golden, v. 16, n. 5, p. 3286–3301, 2012.
CASADEVALL, A. Determinants of virulence in the pathogenic fungi. Fungal Biology Reviews, Manchester , v. 21, n. 4, p. 130-132, 2007.
DEHORITY, B. A. Microbial Interactions in the Rumen. Revista de la Facultad de Agronomía, Luz, v. 15, p. 69-86, 1998.
DIRKSEN, G. Sistema digestivo. In: Dirksen, G.; Gründer, H.D.; Stöber, M. (Ed.). Rosenberger: exame clínico dos bovinos. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan. p. 167-169, 1993.
KAMRA, D. N. Rumen Microbial Ecosystem. Current Science, Bangalore, v. 89, n. 1, p. 125-35, 2005.
KAVANAGH, K. Fungi: Biology and applications. John Wiley and Sons Editors. 2005. 267 p.
KUHAD, R. C.; GUPTA, R.; SINGH, A. Microbial cellulases and their industrial applications. Enzyme Research, Magarpatta, v. 7, p. 10, 2011.
LACAZ, C. S. Tratado de micologia médica Lacaz. 9. Ed. São Paulo: Sarvier, 2002. 1104 p.
LACAZ, C. S. et al. Guia Para Identificação de Fungos Actinomicetos e Algas de Interesse Médico, 8. Ed. São Paulo: Sarvier, 1998.
LOPES, F. C. F. et al. Efeitos da Defaunação em Ovinos Alimentados Com Cana-de-Açúcar (Saccharum Officinarum, L.) Adicionada de Uréia. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, Belo Horizonte, v.54, n. 2, p.180-182, 2002.
MARTILLOTTI, F. et al. Microbial and chemical characterization of rumen contents of grazing dairy cows, In: Prins R.A., Stewart C.S. (Ed.), Micro-organisms in Ruminant Nutrition. Dalfsen: Nottingham University Press, p.43-48, 1994.
MARTIN, A. S.; NISBET, D. J. Effect of direct-fed microbial on rumen microbial fermentation. Journal Dairy Sciense, Champaign, v. 75, n. 6, p. 1736-1744, 1992.
MOUNTFORT, D. O.; RHODES, L. L. Anaerobic growth and fermentation characteristics of Paecilomyces lilacinus isolated from mullet gut. Applied and Environmental Microbiology, Washington, v. 57, p. 1963-1968, 1991.
OYELEKE, S. B.; OKUSANMI, T. A. Isolation and characterization of cellulose hydrolyzing microorganism from the rumen of ruminants. African Journal of Biotechnology, Nairobi, v. 7, n. 10, p. 1530-1504, 2008.
PINTO, G. A. S. et al. Selection of Tannase-Producing Aspergillus Niger Strains. Brazilian Journal of Microbiology, São Paulo, v. 32, n. 1, p. 24-26, 2001.
SAEG – Sistema para Análises Estatísticas. Versão 9.1: Fundação Arthur Bernardes. Viçosa, UFV, 2007.
SCHMIDT, J. A. et al. Characterization of Aspergillus oryzae fermentation extract effects on the rumen fungus Neocallimastix frontalis, EB 188. Applied Microbiology and Biotechnology, Heidelberg, v. 63, n. 4, p. 422-430, 2004.
SILVA, J. O.; FERREIRA, J. C.; CANDIDO, R. C. Atividade enzimática, produção de slime e sensibilidade a antifúngicos de Candida sp. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, Uberaba, v. 40, n. 3, p. 354-355, 2007.
SOARES, I. A. et al. Identificação do potencial amilolítico de linhagens mutantes do fungo filamentoso Aspergillus nidulans. Food Science and Technology, Campinas, v. 30, n. 3, p. 700-705, 2010.
TEATHER, R. M.; WOOD, P. J. Use of Congo red-polysaccharide interactions in enumeration and characterization of cellulolytic bacteria from the bovine rumen. Applied and Environmental Microbiology, Washington, v. 43, n. 4, p.777-780, 1982.
VAN SOEST, P. J. Nutritional ecology of the ruminant. 2aed. Ithaca: Cornell University Press, 476 p, 1994.
WALLACE, R. J. Ruminal microbiology, biotechnology, and ruminant nutrition: progress and problems. Journal Animal Sciense, Champaign, v. 72, n. 11, p. 2992-3003, 1994.
Downloads
Publicado
02-12-2014
Edição
Seção
Zootecnia
Licença
Os Autores que publicam na Revista Caatinga concordam com os seguintes termos:
a) Os Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons do tipo atribuição CC-BY, para todo o conteúdo do periódico, exceto onde estiver identificado, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista, sem fins comerciais.
b) Os Autores têm autorização para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Os Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
