CRESCIMENTO E PRODUTIVIDADE DE CLONES DE PALMA FORRAGEIRA NO SEMIÁRIDO E RELAÇÕES COM VARIÁVEIS METEOROLÓGICAS

Autores

  • Thieres George Freire da Silva Unidade Acadêmica de Serra Talhada - UAST/UFRPE, Caixa Postal 063, CEP 56900-000, Serra Talhada (PE).
  • Jorge Torres Araújo Primo Unidade Acadêmica de Serra Talhada - UAST/UFRPE, Caixa Postal 063, CEP 56900-000, Serra Talhada (PE).
  • José Edson Florentino de Morais Unidade Acadêmica de Serra Talhada - UAST/UFRPE, Caixa Postal 063, CEP 56900-000, Serra Talhada (PE).
  • Wellington Jairo da Silva Diniz Unidade Acadêmica de Serra Talhada - UAST/UFRPE, Caixa Postal 063, CEP 56900-000, Serra Talhada (PE).
  • Carlos André Alves de Souza Unidade Acadêmica de Serra Talhada - UAST/UFRPE, Caixa Postal 063, CEP 56900-000, Serra Talhada (PE).
  • Maria da Conceição Silva Instituto Agronômico de Pernambuco, BR 232, km 253, CEP 56500-000, Arcoverde (PE).

Palavras-chave:

Análise de trilha. Clones resistentes à cochonilha do carmim. Elementos meteorológicos. Opuntia sp.. Nopalea sp.

Resumo

Objetivou-se comparar o crescimento e a produtividade de três clones de palma forrageira, resistentes à cochonilha do Carmim, visando a identificação da contribuição das variáveis meteorológicas nas suas respostas ao ambiente Semiárido. Foram avaliados os clones IPA Sertânia (IPA), Miúda (MIU) e Orelha de Elefante Mexicana (OEM) entre fevereiro de 2010 e fevereiro de 2012, em Serra Talhada (PE). Obteve-se dados morfológicos das plantas (altura e largura do dossel, número total de cladódios, número de cladódios por ordem de surgimento e índice de área do cladódio), dos cladódios (comprimento, largura, espessura, perímetro e área) e dos parâmetros produtivos da cultura (produtividade em matéria fresca e seca e densidade final de plantas por hectare). A análise de trilha foi aplicada para avaliar a influência das variáveis meteorológicas (radiação solar global, temperatura e umidade relativa do ar, velocidade do vento e precipitação pluviométrica) no crescimento da palma forrageira. Verificou-se que a OEM e a IPA foram os clones que se destacaram na maioria das características morfológicas, mas em termos do número de cladódios a MIU foi o clone que possuiu maior emissão (> 35 unidades), no entanto se demonstrou como o menos produtivo em termos de massa fresca (117,5 t ha-1), juntamente com o IPA. A OEM se sobressaiu como o clone mais produtivo (163,0 t ha-1). Não houve diferença da produtividade em base seca entre os clones (12,6 ± 2,0 t ha-1). A IPA apresentou maior mortalidade de plantas (10,4%). E as variáveis meteorológicas apresentaram baixo efeito sobre a evolução do crescimento da cultura (< 33,1%).

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Biografia do Autor

Jorge Torres Araújo Primo, Unidade Acadêmica de Serra Talhada - UAST/UFRPE, Caixa Postal 063, CEP 56900-000, Serra Talhada (PE).

Mestre em Produção Vegetal

José Edson Florentino de Morais, Unidade Acadêmica de Serra Talhada - UAST/UFRPE, Caixa Postal 063, CEP 56900-000, Serra Talhada (PE).

Mestrando em Produção Vegetal

Wellington Jairo da Silva Diniz, Unidade Acadêmica de Serra Talhada - UAST/UFRPE, Caixa Postal 063, CEP 56900-000, Serra Talhada (PE).

Mestrando em Produção Vegetal

Maria da Conceição Silva, Instituto Agronômico de Pernambuco, BR 232, km 253, CEP 56500-000, Arcoverde (PE).

Dr. em Forragicultura

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Publicado

19-05-2015

Edição

Seção

Agronomia