DESEMPENHO E RENDIMENTO DE CARCAÇA DE FRANGOS ALIMENTADOS COM NÍVEIS CRESCENTES DE TORTA DE GIRASSOL

Autores

  • Eveline Berwanger Departament Animal Science, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS.
  • Ricardo Vianna Nunes Center of Agricultural Science, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Marechal Cândido Rondon, PR.
  • Taciana Maria Moraes de Oliveira Department Animal Science, Universidade Estadual de Maringá, Maringá, PR.
  • Douglas Fernando Bayerle Center of Agricultural Science, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Marechal Cândido Rondon, PR.
  • Luís Daniel Giusti Bruno Center of Agricultural Science, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Marechal Cândido Rondon, PR.

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252017v30n122rc

Palavras-chave:

Alimento alternativo. Avicultura. Co-produtos. Nutrição.

Resumo

O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho, rendimento de carcaça e morfometria intestinal de frangos de corte alimentados com níveis crescentes de torta de girassol de 1 a 21 dias de idade recebendo ou não complexo multienzimático. Foram utilizadas 1200 aves da linhagem Cobb 500, as quais foram distribuídas em delineamento experimental inteiramente casualizado em esquema fatorial 2x5, e cinco níveis de inclusão de torta (0, 5, 10, 15, e 20%)às dietas, suplementando ou não com complexo multienzimático (CE). Cada tratamento foi composto por cinco repetições.Os animais foram alimentados com as rações experimentais no período de 1 a 21 dias de idade e de 22 a 42 dias de idade todas as aves receberam a mesma ração a base de milho e farelo de soja. Não houve interação entre o nível de inclusão da torta de girassol e uso do CE. O ganho de peso, o peso final e o consumo de ração apresentaram decréscimos lineares (P<0,05) conforme o aumento dos níveis de inclusão da torta no período de 1 a 21 dias de idade. Aos 42 dias de idade, após o consumo de dietas a base de milho e farelo de soja por todos os animais, no período de 22 a 42 dias, os níveis fornecidos até 21 dias não influenciaram nos resultados de desempenho. Os animais que receberam enzimas na primeira fase apresentaram melhores resultados ao final do experimento (P<0,05). O rendimento de carcaça decresceu, e a gordura abdominal aumentou conforme a inclusão da torta até 21 dias de idade. A adição do CE na dieta melhorou o rendimento de coxa, peito e carcaça. Na morfologia intestinal aos 21 dias, os 3 segmentos do intestino apresentaram ao menos um tipo de alteração, como diminuição na altura de vilos e aumento na profundidade de cripta, conforme o aumento do nível de inclusão da torta de girassol na dieta, afetando o desempenho.

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Biografia do Autor

Eveline Berwanger, Departament Animal Science, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS.

Graduada e Mestre em Zootecnia pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná, atualmente doutoranda em Zootecnia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Ricardo Vianna Nunes, Center of Agricultural Science, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Marechal Cândido Rondon, PR.

Professor da Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Taciana Maria Moraes de Oliveira, Department Animal Science, Universidade Estadual de Maringá, Maringá, PR.

Graduada e mestre pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Atualmente é doutoranda na Universidade Estadual de Maringá.

Douglas Fernando Bayerle, Center of Agricultural Science, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Marechal Cândido Rondon, PR.

Possui graduação pela Universidade Estadual do Paraná. Atualmente é mestrando na mesma Universidade de graduação.

Luís Daniel Giusti Bruno, Center of Agricultural Science, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Marechal Cândido Rondon, PR.

Professor da Universidade Estadual do Oeste do Paraná

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Publicado

02-12-2016

Edição

Seção

Zootecnia