AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DA PALMA FORRAGEIRA FERTIRRIGADA COM EFLUENTE DE ESGOTO DOMÉSTICO

Autores

  • Marcírio de Lemos Terra Viva Cooperative, Mossoró, RN http://orcid.org/0000-0001-7520-5535
  • Miguel Ferreira Neto Center of Agrarian Science, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN
  • José Francismar de Medeiros Center of Agrarian Science, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN
  • Nildo da Silva Dias Center of Agrarian Science, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN
  • Ênio Farias de França e Silva Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, PE
  • Raniere Barbosa de Lira Coopervida Cooperative, Mossoró, RN

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252018v31n224rc

Palavras-chave:

Reúso de água. Opuntia Tuna L. Mill. Absorção de nutrientes.

Resumo

O semiárido nordestino enfrenta umas das mais severas secas dos últimos séculos, resultando em reduções severas na produção agrícola. A escassez hídrica na agricultura exige práticas de uso racional e reaproveitamento da água como, por exemplo, a utilização de efluentes de esgoto doméstico . Alternativamente pode-se destacar o uso de esgoto doméstico tratado para irrigação de espécies forrageiras, como a palma. Objetivando avaliar os efeitos da fertirrigação com efluente de esgoto doméstico tratado sob a composição mineral de nutriente em palma forrageira (Opuntia Tuna L. Mill, Orelha-de-elefante Mexicana), foi conduzido um experimento em blocos casualizados em esquema de parcelas subdivididas 3 x (4 + 1), com 4 repetições, sendo três densidades de plantio (66.667,00; 52.282,00 e 33.333,00 plantas ha-1) e duas fontes hídrica associadas a frequência de irrigação com lâmina fixa de 3,5 mm por rega (Frequências de 2,3 dias com água de abastecimento e de 7, 14 e 21 dias com Efluente de Esgoto) e, palma cultivada em sequeiro (testemunha). As análises dos teores nutricionais dos cladódios indicam que houve efeito significativo dos intervalos entre eventos de irrigação apenas para as concentrações de Ca e Mg. Os maiores teores de Ca e Mg foram encontrados com a frequência de irrigação de 2,3 utilizando água de abastecimento. Os macronutrientes em maior quantidade pela palma forrageira foram N e K seguido de Ca, Mg e P. O balanço nutricional indicou excesso de K e P e déficit de N, Ca e Mg, nesta ordem.

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Biografia do Autor

Marcírio de Lemos, Terra Viva Cooperative, Mossoró, RN

Possui graduação em Engenharia Agronomica pela Escola Superior de Agricultura de Mossoró (2002) e mestrado em Ciência do Solo pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido (2011). Atualmente cursa Doutorado em manejo de Solo e água pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido desde 2012. Tem experiência na área de assessoria técnica em áreas da reforma agrária e comunidades rurais, com ênfase em tecnologias apropriadas e na universidade atua, principalmente, com reúso na agricultura.

Nildo da Silva Dias, Center of Agrarian Science, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN

Departamento de Ciências Ambientais e Tecnológicas/Centro de Ciências Agrárias

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Publicado

06-04-2018

Edição

Seção

Engenharia Agrícola