VARIABILIDADE DE PROGÊNIES F2 DE MAMONEIRA POR MEIO DE DESCRITORES MORFOLÓGICOS

Autores

  • Gean Carlo Soares Capinan Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano, Itapetinga, BA https://orcid.org/0000-0001-6189-7040
  • Simone Alves Silva Center for Agrarian, Environmental and Biological Sciences, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Cruz das Almas, BA https://orcid.org/0000-0002-3017-6133
  • Deoclides Ricardo de Souza Center for Agrarian, Environmental and Biological Sciences, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Cruz das Almas, BA https://orcid.org/0000-0002-4599-952X
  • Laurenice Araujo dos Santos Center for Agrarian, Environmental and Biological Sciences, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Cruz das Almas, BA https://orcid.org/0000-0003-1367-279X
  • Ilneide Braz Santos de Jesus UFRB https://orcid.org/0000-0002-3940-3005

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252022v35n106rc

Palavras-chave:

Ricinus communis L.. Melhoramento genético. Entropia.

Resumo

A caracterização morfoagronômica é requisito básico para identificar um perfil fenotípico de uma população. A quantificação da variabilidade permite seleção eficiente de genótipos superiores e divergentes. Deste modo, esse trabalho teve como objetivo, estimar a variabilidade entre 490 genótipos e sete linhagens, oriundos de população F2 de Ricinus communi L., em 35 caracteres morfoagronômicos e 12 agronômicos. O nível de frequência e entropia dos descritores qualitativos foi estimado com o procedimento de Renyi. Os quantitativos foram submetidos à análise de variância pelo teste F, sendo realizado o teste de Tukey a 1%, e agrupados pelo método de otimização de Tocher por meio da similaridade genética. Dos descritores morfoagronômicos utilizados, 13 foram referentes às plantas, nove relacionados à inflorescência, seis direcionados aos frutos, sete ligados às sementes e 12 agronômicos. O material foi disposto em campo com famílias (linhagens de cinco famílias) intercaladas com seus respectivos parentais (testemunhas). A coloração do caule, forma e número de racemos colhidos, coloração principal, tipo de coloração secundária e peso de cem sementes possuem elevada variabilidade na população com formação de 68 grupos em função da similaridade genética. Evidencia-se a possibilidade de seleção, quanto ao número de racemos colhidos, podendo identificar os genótipos com maior número, visando potencializar o rendimento da cultura.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AZEVEDO, D. M. P. et al. In: AZEVEDO, D. M. P.; LIMA, E. F. (Eds.). O Agronegócio da mamona no Brasil. Campina Grande, PB: Embrapa Algodão, 2001. v. 1, p. 121-160.

AZEVEDO, D. M. P.; BELTRÃO, N. E. M. O Agronegócio da Mamana no Brasil. 2. ed. Campina Grande, PB: Embrapa Algodão; Embrapa Informação Tecnológica, 2007. 504 p.

BEZERRA NETO, V. F. et al. Descritores quantitativos na estimativa da divergência genética entre os genótipos de mamoneira, utilizando análises multivariadas. Revista Ciência Agronômica, 41: 294-299. 2010.

BRASIL. Instruções para execução dos ensaios de distinguibilidade, homogeneidade e estabilidade de cultivares de mamona (Ricinus communis L.). 2008. DOU nº 147, de 01/08/2008, seção 1, 2008. p. 147: 14–15. Disponível em: <http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/file/vegetal/RegistroAutorizacoes/Formularios%20Prote%C3%A7%C

%A3o%20Cultivares/MAMONA%20FORMULARIO%2001%2008%202008%20P.doc>. Acesso em: 05. fev. 2021.

CONAB - Companhia Nacional de Abastecimento, 2018. Observatório Agrícola: Acompanhamento da safra brasileira. Grãos. Disponível em: <24 ttps://data.gessulli.com.br/file/2018/12/11/H103633-F00000-D108.pdf/>. Acesso em: 15 mai. 2019.

COSTA, L. V. et al. BIODIESEL: mamona e dendê como culturas energéticas. Revista Eletrônica de Energia, 5: 90-99, 2015.

CRUZ, C. D.; CARNEIRO, P. C. S. Modelos biométricos aplicados ao melhoramento genético. v. 2. Viçosa, MG: UFV, 2003. 585 p.

CRUZ, C. D. et al. Modelos biométricos aplicados ao melhoramento genético. 3. ed. Viçosa, MG: UFV, 2014. 668 p.

DEVIDE, A. C. P.; CASTRO, C. M.; CARVALHO, C. L. Manejo semiperene de mamona em duas densidades de plantio na safrinha. Revista Brasileira de Energia Renováveis, 8: 29-40, 2019.

ELLEGREN, H.; GALTIER, N. Determinantes da diversidade genética. Nature, 17: 422-433, 2016.

EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Centro Nacional de Pesquisas de Solos. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. 2. ed. Rio de Janeiro, RJ: Embrapa Solos, 2006. 306 p.

FEDERER, W. T. Augmented (hoonuiaku) designs. Hawaian Planters’ Record, 55: 191-208, 1956.

GONDIM, T. M. S.; BELTRÃO, N. E. M.; PEREIRA, W. E. Plasticidade fenotípica da mamoneira precoce sob diferentes arranjos espaciais em consórcio com feijão caupi. Revista Ciência Agronômica, 45: 128-137, 2014.

LAVANYA C. et al. Genetics Classical, Cytogenetics, and Traditional Breeding in Castor Bean. In: KOLE, C.; RABINOWICZ, P. (Eds.) The Castor Bean Genome. Compendium of Plant. Genomes. Springer, Cham. 2018.

LOPES, T. J. et al. Antocianinas: uma breve revisão das características estruturais e da estabilidade. Revista Brasileira de Agrociência, 13: 291-297, 2007.

MILANI, M. Descritores de mamona utilizados pela Embrapa Algodão. Campina Grande, PB: Embrapa Algodão, 2008. 39 p.

MORAES, W. et al. Epidemiologia e manejo do mofo cinzento da mamona. Nucleus, 8: 1-12, 2011.

PINTO, C. M. et al. Mamona consorciada com girassol em plantios defasados: análise de trilha da produtividade e seus componentes. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, 6: 219-229, 2011.

PIVETTA, L. G.; ZANOTTO, M. D.; TOMAZ, C. A. Crescimento de híbridos de mamona sob densidades populacionais adensadas. Revista Ceres, 64: 399-412. 2017.

R CORE TEAM. R. A language and environment for statistical computing. Áustria: R Foundation for Statistical Computing, 2017.

RÉNYI, A. On measures of entropy and information. Fourth Berkeley Sympo- sium, Berkley, 1960. p. 547-561, 1961.

RUKHSAR, M. P.; PATEL, D. J. Variabilidade genética, associação de caráter e estudos de divergência genética em mamona (Ricinus communis L.), Annals of Agrarian Science, 16: 143-148, 2018.

SALIHU, B. Z. et al. Avaliação da diversidade genética de genótipos promissores de mamona (Ricinus communis L.) na Nigéria. Notulae Scientia Biologicae. 11: 467-474, 2019.

SAVY FILHO, A. Melhoramento da Mamona. In: BORÉM, A. (Org.). Melhoramento de Espécies Cultivadas. Viçosa, MG: UFV, 1999. p. 385-407.

SILVA, A. R. et al. Characterization and performance of castor bean lineages and parents at the UFRB germplasm bank. PLoS One, 14: e0209335, 2019.

SILVA, D. F. P. et al. Diversidade entre mangueiras, baseada em caracteres dos frutos. Revista Ceres, 59: 225-232. 2012.

SILVA, S. A.; SANTOS, L. A. Melhoramento Genético de Oleaginosas. In: CHAVES, L. H. G.; FRANCISCO, P. R. M.; VASCONCELOS, A. C. F. (Eds.). Oleaginosas e Hortaliças sob diferentes Manejo de Cultivo: Coletânea de Estudos. Campina Grande, PB: EPGRAF, 2019. v. 1, p. 78-85.

SOUZA-SCHLICK, G. D. et al. Mepiquat Chloride Effects on Castor Growth and Yield: Spraying Time, Rate, and Management. Crop Science, 58: 880-891, 2018.

THATIKUNTA, R.; PRASAD, D. Analysis Ricinus communis L.. Research Notes. Agricultural Journal, 88: 705-707, 2001.

VIEIRA, E. A. et al. Variabilidade genética do banco de germoplasma de mandioca da Embrapa Cerrados acessada por meio de descritores morfológicos. Científica, 36: 56-67, 2008.

ZHENGBIN, Z. et al. Advances a water use efficiency, Critical Reviews in Biotechnology, 31: 1–13, 2011.

WANG, Z.et al. Bulked segregant analysis reveals candidate genes responsible for dwarf formation in woody oilseed crop castor bean. Scientific Reports, 11: 1-15, 2021.

Downloads

Publicado

22-12-2021

Edição

Seção

Agronomia