“Nada sobre nós, sem nós”: movimentos sociais à luz das pessoas com deficiência

Autores

  • Shirleyanne Santos Aquino UERN
  • Ana Lúcia Oliveira Aguiar UERN

Palavras-chave:

Deficiência, Movimentos Sociais, Protagonismo.

Resumo

As primeiras reivindicações em massa ecoam e são inspirações para muitos movimentos sociais ainda hoje. A atuação das minorias oprimidas que saíram dos seus lugares do silêncio é uma demonstração do quanto que a história guarda registros dos homens e mulheres que lutam pela igualdade, pelo respeito aos princípios do direito à diversidade, respeito ao espaço das vozes. O direito à voz é o exercício de cidadania principalmente em um estado democrático de direito. Este trabalho relaciona a construção histórica em que se teceu a luta das pessoas com deficiência e a sua atribuição como cidadãos políticos no Estado, inclusive construindo e praticando a cidadania. Objetiva-se apontar ações que contribuíram para a reconstrução de políticas e práticas destinadas às pessoas com deficiência, e explanar o momento que esses sujeitos assumiram o protagonismo dos movimentos. A metodologia da pesquisa é de cunho bibliográfico e direciona-se a investigar os registros históricos dos movimentos sociais que foram liderados pelas pessoas com deficiência e como se instituíram. Como resultado, foi visível o destaque da participação das pessoas surdas nos que movimentos sociais, sendo esse grupo o que mais participa em todo o mundo. Conclui-se que, os movimentos sociais devem ser tratados como a manifestação de um direito fruto do processo democrático, e que nos movimentos das pessoas com deficiência é importante que eles sejam sujeitos do processo de lutas e conquistas.

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Referências

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Publicado

2016-06-20

Edição

Seção

RESUMOS EXPANDIDOS