Revista Eletrônica Kuab

Waging the class struggle in theory and practice

Derek R Ford — 2024-08-20

Entrevista realizada por Derek R. Ford com Peter McLaren.

Le nouvel esprit critique

Pierre Lévy — 2024-08-20

Le nouvel esprit critique

As práticas de ensino e aprendizagem com tecnologias digitais durante a pandemia

Maria do Socorro Souza — 2024-08-20

As escolas públicas brasileiras migraram, em 2020, do ensino presencial para o Ensino Remoto Emergencial (ERE), em razão da determinação de isolamento social provocada pela disseminação da pandemia da coronavírus disease 2019 (covid-19). Essa migração não foi simples e causou profundas mudanças na prática educativa escolar. Diante disso, este artigo intenta relatar os resultados de uma pesquisa de doutorado em andamento, que aborda as mudanças e agregações ocorridas nas práticas de ensino e aprendizagem mediadas pelas tecnologias digitais durante o ERE, sob a perspectiva de estudantes, professores e gestores do Ensino Médio da rede pública de ensino do Rio Grande do Norte. No âmbito deste estudo, serão discutidos apenas os dados relativos aos estudantes. A pesquisa tem cunho descritivo e se fundamenta na abordagem multimétodo e no design sequencial explanatório. Os dados foram recolhidos em duas fases, quantitativa e qualitativa, via questionários e entrevistas individuais e em grupos focais. Os dados estão sendo analisados também em duas fases, mediante a análise estatística descritiva e inferencial, com o apoio do software SPSS, e a análise de conteúdo, com o apoio do software NVivo. Quanto aos resultados, o estudo comprovou que o celular, Ambientes Virtuais de Aprendizagem, aplicativos de trocas de mensagens e de webconferência foram as tecnologias mais utilizadas pelos estudantes. Entretanto, o uso de materiais impressos, em razão da falta de acesso às tecnologias digitais, também foi comprovado. Houve, ainda, uma ampliação no uso dos recursos digitais de antes para após o ERE, bem como uma mudança de postura dos estudantes face ao seu processo de aprendizagem, tornando-se mais ativos, autônomos e autorais.

O atendimento educacional especializado (AEE)

Regina Kelly dos Santos — 2024-08-20

A pandemia de covid-19 fez com que os professores buscassem estratégias para reinventar sua prática pedagógica, enfrentando desafios sociais. Nesse propósito a sala de aula, repentinamente, foi substituída pelo espaço domiciliar. Diante da nova realidade, as ações docentes foram reinventadas no Atendimento Educacional Especializado (AEE). A fim de discutir esse contexto, apresenta-se a seguinte problemática: quais os desafios enfrentados pelos profissionais do AEE durante o ensino remoto emergencial? O objetivo é identificar os desafios enfrentados pelos profissionais do AEE durante as aulas remotas. Para isso, foi realizada uma pesquisa de natureza qualitativa, do tipo exploratória, para discutir sobre o AEE em tempos da pandemia provocada pela covid-19. Para isso, foi utilizado o aporte teórico que discute acerca da temática, tais como: Debord (1997), Santos M. (2001), Mantoan (2003, 2005), Santos R. (2018) e os documentos normativos: Diretrizes Operacionais da Educação Especial para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica (2008) e Plano de Atividade Remota, em tempos de pandemia, para o Sistema Municipal de Ensino de Mossoró (RN) (2020). Para a construção dos dados, foi utilizado como instrumento um questionário enviado, por meio da rede social Whatsapp, para cinco profissionais do AEE que atuam no município de Mossoró (RN). Os resultados problematizaram o acompanhamento realizado pelo profissional do AEE e a falta de acesso à tecnologia, além da dificuldade de acompanhamento pelos responsáveis pelos alunos, o que proporcionou momentos de desigualdades diante das atividades planejadas. Assim, evidenciou-se que ser professor no cenário atual é formar cidadãos para além da leitura e escrita, é formar para o entender e interpretar as situações e conflitos diários, buscando alternativas que provoquem o avanço no meio educacional e social em que vive. Ser professor do AEE também é estimular essas aprendizagens e contribuir para o avanço significativo da pessoa com deficiência.

EMANCIPAÇÃO E EDUCAÇÃO FEMININA EM OPÚSCULO HUMANITÁRIO DE NÍSIA FLORESTA

FRANCISCO OLIVEIRA — 2024-08-20

Este trabalho versa sobre a relação da mulher com a literatura, bem como sobre o seu espaço no cânone literário. O estudo objetiva compreender a relação da mulher com a literatura e com o cânone, para tanto apresenta a escritora Norte-rio-grandense do século XIX, Nísia Floresta, através da sua obra literária Opúsculo Humanitário. Com base na análise dessa obra, busca compreender sua tese acerca da emancipação feminina, bem como a relevância de sua obra no ensino de literatura em sala de aula. Tivemos como aporte teórico os estudos realizados por Duarte (2010), Cosson (2006), Cereja (2004), Paulino (2004), Floresta (1989) e Lajolo (2001). Utilizamos da metodologia de análise encontrada na hermenêutica e nos estudos desenvolvidos por Cosson (2006), no que se refere às sequências didáticas. A pesquisa apresenta uma proposta de leitura para uma turma de ensino médio, com a obra de Nísia Floresta, com intuito de levar para a sala de aula, a pertinente discussão acerca das relações de gênero. A análise e reflexão da obra Opúsculo Humanitário, prioriza a contribuição do pensamento de Nísia Floresta para a emancipação feminina, e a pertinência de sua obra para o ensino de literatura.

SoprAr e InVentAr com sons e palavras

Deisimer Gorczevski — 2024-08-20

Neste estudo propomos as ações de “SoprAr” e “InVentAr” como dispositivos de processos de criação com palavras e sons. A composição dos verbos|ações surgiu com a realização do Grupo de Estudos Escrita | Escritura, Processos de Criação, organizado por artistas, pesquisadores e educadores participantes do Laboratório Artes e Micropolíticas Urbanas (LAMUR|CNPq), vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Artes, na Universidade Federal do Ceará (UFC). Os encontros e a partilha de materialidades suscitaram a questão: seria o sopro um provocador de atos de criação? Em experimentações com as ruas, praças, estação do metrô, entre outros espaços comuns, foram encontradas algumas pistas afirmando os agenciamentos coletivos e a força dos acasos nos processos de criação. Assim, os processos de criação explicitados nesta escritura, todavia singulares, apontam para percursos poéticos que envolvem redes de conversações e caminhadas coletivas com a cidade e a universidade.

PENSAMENTO EDUCACIONAL E PLATAFORMIZAÇÃO NA PRÁTICA DOCENTE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Cláudio Mansoni — 2024-08-21

A evolução do ensino, agregado ao emprego das tecnologias digitais da informação e comunicação (TDICs) nos diversos ambientes educacionais, juntamente com a plataformização da vida contemporânea, demandam uma nova formação do sujeito. Onde ele seja mais dinâmico, mais competitivo, voltado para o cliente e que tenha conhecimentos sobre diferentes culturas e perfis. Essa conjuntura passou a exigir das instituições de ensino novas concepções de ensino e aprendizagem e, dentro desse contexto, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) trouxe o pensamento computacional como tema transversal na curricularização do ensino fundamental e no ensino médio. Diversos estudos corroboram neste sentido, e demonstram a importância do pensamento computacional como forma de entendimento da vida cotidiana contemporânea está inserida em meio a plataformização através do uso de aplicativos (apps) e software computacionais. Este estudo, buscará compreender o papel docente na formação do estudante a partir do pensamento computacional como forma de desmistificação da plataformização da vida. A metodologia utilizada é descritiva, qualitativa, do tipo relato de experiência, com a finalidade de integrar conhecimentos teóricos e práticos na solidificação de uma aprendizagem científica adquirida pela prática docente em uma escola municipal de ensino fundamental com aproximadamente 170 alunos matriculados, distintamente entre o 5º e 9º ano, entre os anos de 2017 até 2023. As informações relatadas subsidiaram o desenvolvimento e a análise das perspectivas sobre o pensamento computacional, juntamente com as relações que ele pode impactar na formação do sujeito, bem como para o entendimento da algoritmização presentes na sociedade. Os resultados alcançados com o estudo trazem diversas implicações acerca da temática e, nos remete a uma maior profundidade em discussões futuras. Além disso, observa-se a influência significativa do pensamento computacional em fase da desmistificação da plataformização da vida. Ao final desse estudo será possível acompanhar a discussão detalhada dos resultados, implicações, limitações e sugestões para futuros estudos.

Editorial de lançamento da Revista Eletrônica Kuab

Karla Rosane do Amaral Demoly — 2024-08-20

Resumo