Morfologia das glândulas sexuais acessórias de cateto Pecari tajacu, LINNAEUS 1758

Autores

  • Alana Ingrid de Araújo Pereira UFERSA
  • Euziele Oliveira de Santana
  • Antonio Lopes da Silva Neto
  • Radan Elvis Matias de Oliveira
  • Moacir Franco de Oliveira

Palavras-chave:

Microscopia, Bulbouretral, Próstata, Vesicular

Resumo

A família Tayassuidae inclui poucos representantes, como o cateto (Pecari tayassu). Estes são amplamente distribuídos e desempenham papéis ecológicos como predadores e como dispersores de sementes. Este estudo teve como objetivo caracterizar a estrutura das glândulas vesiculares, próstata e glândulas bulbouretrais presentes no sistema reprodutor do catetos, utilizando-se amostras de espécimes com um, três e doze meses de vida, obtidos no Centro de Multiplicação de Animais Silvestres da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, em Mossoró-RN. As análises foram realizadas com a aprovação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (protocolo n° 65864-1) e da Comissão de Ética no Uso de Animais da instituição (parecer n° 20/2019). Fragmentos das glândulas foram coletados e estudados por meio de microscopia de luz e eletrônica de transmissão. Verificou-se que na espécie estão presentes as seguintes glândulas acessórias: vesiculares, bulbouretrais e a próstata. As glândulas vesiculares estão localizadas na região dorso-lateral da vesícula urinária, com formato alongado e coloração rosa esbranquiçada. Sob microscopia, essas glândulas apresentam estrutura tubular-alveolar envolta por uma membrana serosa e uma cápsula fibrosa, que protege o parênquima e define sua forma, emitindo também septos internos. O parênquima é composto por túbulos secretores que se organizam em ácinos glandulares, com epitélio secretor de células colunares abundantes e poucas células basais, circundados por músculo liso. O desenvolvimento das glândulas é marcado pelo aumento da área luminal em relação ao tecido intersticial, à medida que a idade avança. Isso reflete uma maior atividade secretora e o acúmulo de produtos na luz dos túbulos. Na microscopia eletrônica de transmissão, a presença de uma membrana serosa foi confirmada envolvendo os túbulos que formam o parênquima. Comparando as idades, foi observado que o tecido conjuntivo intersticial é mais desenvolvido em animais mais jovens, com irregularidades nos túbulos em tamanho e forma ao longo do tempo. A próstata, localizada dorsalmente à uretra pélvica, é uma glândula tubular composta de consistência compacta. Sua estrutura inclui epitélio cúbico simples e células basais escassas, cobertas por uma cápsula fibrosa que emite septos para o interior da glândula, dividindo-a em lóbulos. Nos estágios iniciais de desenvolvimento, a glândula apresenta grande quantidade de tecido intersticial e pouca quantidade de tecido secretor, com túbulos secretores em formação e lúmen reduzido. Conforme a idade avança, o tecido secretor se prolifera, resultando em túbulos completamente formados até os doze meses. A análise por microscopia eletrônica de transmissão revela uma estrutura compacta com predomínio de tecido intersticial em relação ao tubular. Abaixo da cápsula, é possível observar ácinos arredondados, organizados em grupos. As glândulas bulbouretrais, apresentam estrutura tubular com cápsula de tecido conjuntivo e musculatura estriada externa, organizadas em ácinos. Esses ácinos formam o parênquima, com ductos excretores e túbulos secretores revestidos por epitélio prismático. Aos um mês, o epitélio ainda está em organização, com ácinos pequenos e lúmen reduzido. Aos três meses, os ácinos já estão formados, mas sem lúmen e aos doze meses, o lúmen aumenta e há presença de secreção, indicando maturidade.

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Publicado

07-01-2025

Edição

Seção

Núcleo 1: Ciências Agrárias, Ciências Biológicas e Ciências da Saúde: