Avaliação ergonômica do trabalho do docente: um estudo de caso na UFERSA campus Angicos

Autores

  • Heliaty da Silva Medeiros UFERSA
  • Priscila Da Cunha Jácome
  • Lívia Maria Alves da Silva

Palavras-chave:

Posto de trabalho, Doença ocupacional, RULA, Cartilha de ergonomia

Resumo

Este estudo propõe analisar as condições de trabalho dos docentes do ensino superior sob a perspectiva da ergonomia física e cognitiva, buscando identificar os principais fatores de risco para a saúde e o bem-estar dos profissionais. O trabalho foi desenvolvido em 5 etapas: revisão da literatura, submissão e aprovação da pesquisa pelo comitê de ética, aplicação dos questionários, aplicação do método RULA (Rapid Upper Limb Assessment) e  a análise dos dados e construção das propostas de melhoria de acordo com as necessidades encontradas na análise de dados. Para coleta de dados foi utilizado um questionário que abrangeu quatro áreas: perfil dos docentes, análise dos espaços físicos de trabalho, questionário nórdico e questionário cognitivo. Os questionários foram aplicados a 46 professores. Já a aplicação do método RULA foi aplicado em 6 docentes escolhidos abordando os diferentes biotipos encontrados na instituição. A pesquisa revelou que 10,9% dos docentes relataram desconforto com mesas sem ajuste de altura, 89,1% não receberam suporte para os pés, e 47,8% desconhecem a altura adequada do monitor. No questionário Nórdico, 45,3% dos professores relataram terem pelo menos um tipo de lesão física, enquanto no questionário Cognitivo, 39,1% relataram doenças psicossomáticas, e 17,4% usaram medicamentos para dormir. Ainda sobre o questionário cognitivo, na terceira parte que faz uma análise comparativa em relação aos sentimentos dos professores antes, durante e após a pandemia, foi relatado pelos docentes que durante a pandemia houve uma percepção de aumento de estresse, cansaço, irritação e ansiedade e a diminuição da tranquilidade. Já o método RULA revelou que as s atividade que tiveram maiores riscos ergonômicos foram escrevendo e apagando no quadro, considerando que os professores ficam em pé durante muito tempo, o que pode gerar dores na coluna e tensões musculares, e como sugestão de melhorias tem-se: variar o uso dos braços para apagar o quadro, treinamento ao docente, instruindo-o a escrever do meio para baixo da lousa; utilização do datashow. Este estudo evidencia a necessidade de melhorias ergonômicas nos postos de trabalho dos docentes universitários para promover melhoria na saúde e desempenho adequado. Algumas das sugestões de melhorias propostas neste estudo foram a adaptação do posto de trabalho de acordo com as necessidades dos docentes, treinamento de como adaptar os móveis e equipamentos para as necessidades individuais de cada um, como exemplo, ensinar como ajustar a altura do monitor para ficar ideal de acordo a altura do docente, e implementação de pausas regulares para alongar o corpo e descansar os olhos, além da  elaboração uma cartilha de recomendações ergonômicas.

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Publicado

07-01-2025

Edição

Seção

Núcleo 2: Ciências Exatas e da Terra, Engenharias, Multidisciplinar