Perfil zoosanitário dos rebanhos caprinos e ovinos em três mesorregiões do estado do Maranhão, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.21708/avb.2015.9.1.4438Resumo
Objetivou-se com o presente estudo caracterizar o manejo zoosanitário e descrever as características da caprinovinocultura nas três principais mesorregiões produtoras de caprinos e ovinos do Estado do Maranhão, Brasil. Foram visitados 30 criatórios de caprinos, 31 de ovinos e 52 mistos, localizados em 23 municípios das mesorregiões Centro, Leste e Norte Maranhense. Aplicou-se questionário investigativo em cada propriedade abordando dados sobre o proprietário, propriedade, rebanho e os sistemas de manejos higiênico-sanitário, nutricional e reprodutivo. O número total de animais nesses rebanhos foi de 3.405 caprinos e 2.971 ovinos. Para a formação dos rebanhos base foram utilizados animais oriundos dos Estados do Piauí, Pernambuco, Ceará, Bahia e Paraíba. O principal sistema de criação adotado é o semi-extensivo, onde os animais permanecem soltos no pasto durante o dia e são recolhidos ao final da tarde, tanto nas criações de caprinos (93,9%) quanto nas de ovinos (92,8%). Quanto ao tipo de aprisco utilizado o ripado (52,4% e 41,0%) e o chão batido (36,6% e 44,6%) foram os que apresentaram as maiores frequências. As práticas sanitárias adotadas com maior freqüência foram limpeza das instalações, desinfecção do aprisco, corte e desinfecção do cordão umbilical do recém-nascido, casqueamento, enterro dos cadáveres e separação de animais doentes. Alterações clínicas mais citadas que acometem os animais dos rebanhos caprinos e ovinos, respectivamente, foram verminose (97,6% e 95,2%), linfadenite caseosa (84,1% e 79,5), miíase (79,3% e 73,5), aborto (73,3% e 67,5), pododermatite (70,7% e 68,7%), ectoparasitose (57,3% e 47,0%), mastite (50,0% e 42,2%), artrite (39,0% e 30,1%), ectima contagioso (37,8% e 43,5%), ceratoconjuntivite (35,4% e 39,8%), pneumonia (29,3% e 22,9%), diarréia (23,2% e 19,3%) e alterações nervosas (8,5% e 7,2%). Foi verificado um percentual elevado dos rebanhos caprinos (65,8%) e ovinos (69,9%) de propriedades que têm problemas com mortalidade, chegando a atingir até 10% em cada rebanho. A vacinação foi adotada em 58,5% e 61,4% dos rebanhos caprinos e ovinos, respectivamente, enquanto que a desveminação foi à prática mais adotada para o controle de verminoses por 92,7% e 95,2% dos criadores de caprinos e ovinos, respectivamente. Conclui-se que o manejo sanitário, adotado nas propriedades de caprinos e ovinos nas mesorregiões Centro, Leste e Norte Maranhense, é deficiente, apresentando sérios problemas que podem estar interferindo no desempenho dos rebanhos, necessitando de adequações visando à maximização da produtividade e redução de custos.Downloads
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