PROTEINOGRAMA DE LÍQUIDO SINOVIAL E ANÁLISE HISTOPATOLÓGICA DAS ARTICULAÇÕES METACARPO-FALANGEANAS DE MUAR COM OSTEOARTRITE DESENCADEADA POR DEFORMIDADE FLEXORA

Autores

  • Edmilson Rodrigo Daneze Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV/Unesp), Jaboticabal-SP.
  • Vinicius Fachini Faculdade Dr. Francisco Maeda (FAFRAM/FE), Ituverava-SP.
  • Juniocesar Donizete de Melo Cardoso Faculdade Dr. Francisco Maeda (FAFRAM/FE), Ituverava-SP.
  • Ricardo Silva Maia Faculdade Dr. Francisco Maeda (FAFRAM/FE), Ituverava-SP.
  • Jonatas Ferreira de Faria Faculdade Dr. Francisco Maeda (FAFRAM/FE), Ituverava-SP.
  • Carmen Zilda Pereira de Toledo Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV/Unesp), Jaboticabal-SP.
  • Márcia Ferreira da Rosa Sobreira Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV/Unesp), Jaboticabal-SP.

DOI:

https://doi.org/10.21708/avb.2015.9.3.5409

Resumo

As deformidades flexoras são caracterizadas pela permanente hiperflexão de uma ou mais regiões articulares, consequentemente, a má-conformação sobrecarrega as estruturas que compõem as articulações desencadeando artrite ou osteartrite. O presente trabalho tem por objetivo relatar um caso de contratura tendínea bilateral das articulações metacarpo-falangeanas em uma fêmea muar (mula) que não respondeu ao tratamento conservador. Ao exame radiográfico visibilizou-se sinais compatíveis com osteoartrite, sendo mais intenso na articulação metacarpo-falangeana esquerda. Após tenotomia bilateral do tendão digital flexor profundo constatou-se correção da contratura, porém não houve regressão do processo inflamatório local, decidindo-se pela eutanásia. No exame histopatológico dos tecidos articulares foram observadas perda da arquitetura da cartilagem e extensas áreas de tecido fibroso em ambas as articulações, enquanto que na esquerda também havia hipertrofia e hiperplasia de células da membrana sinovial e discreto infiltrado de neutrófilos. As amostras de líquido sinovial apresentaram viscosidade adequada, coloração avermelhada e discreta turvação; no proteinograma do líquido observou-se concentrações elevadas de α1-glicoproteína ácida, ceruloplasmina, IgG e IgA em ambos os lados, enquanto que as concentrações de proteínas totais, albumina e haptoglobina estavam aumentadas apenas na articulação esquerda. Assim sendo, pode-se concluir que o atrito constante e repetitivo das articulações metacarpofalangeanas durante a locomoção, decorrente da deformidade flexora, causaram um processo inflamatório intenso no local que culminou com osteoartrite na articulação esquerda e artrite na articulação direita.

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Biografia do Autor

Edmilson Rodrigo Daneze, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV/Unesp), Jaboticabal-SP.

Doutorando do Programa de Pós-graduação em Medicina Veterinária

Vinicius Fachini, Faculdade Dr. Francisco Maeda (FAFRAM/FE), Ituverava-SP.

Graduando do curso de Medicina Veterinária

Juniocesar Donizete de Melo Cardoso, Faculdade Dr. Francisco Maeda (FAFRAM/FE), Ituverava-SP.

Graduando do curso de Medicina Veterinária

Ricardo Silva Maia, Faculdade Dr. Francisco Maeda (FAFRAM/FE), Ituverava-SP.

Graduando do curso de Medicina Veterinária

Jonatas Ferreira de Faria, Faculdade Dr. Francisco Maeda (FAFRAM/FE), Ituverava-SP.

Graduando do curso de Medicina Veterinária

Carmen Zilda Pereira de Toledo, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV/Unesp), Jaboticabal-SP.

Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Cirurgia Veterinária

Márcia Ferreira da Rosa Sobreira, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV/Unesp), Jaboticabal-SP.

Docente do Programa de Pós-graduação em Medicina Veterinária

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Publicado

2015-10-01

Edição

Seção

Clinical Reports / Casos Clínicos