LINFOMA INTRANASAL EM CÃO: ASPECTOS CLÍNICOPATOLÓGICOS E IMUNOISTOQUÍMICOS
DOI:
https://doi.org/10.21708/avb.2016.10.1.5488Resumo
O linfoma canino raramente envolve a cavidade nasal. O diagnóstico pode ser estabelecido por meio da citologia, histopatologia e imunoistoquímica, onde a ultima é uma técnica valiosa para a identificação e classificação de células tumorais. O trabalho objetivou descrever um caso de linfoma intranasal em um canino, com o auxílio do imunodiagnóstico. Um canino, macho, sete anos de idade, sem raça definida, possuía aumento de volume em toda região nasal dorsal e lateral, em associação com uveíte anterior. Como exame complementar solicitou-se citologia de linfonodos e da tumoração nasal. A avaliação citológica dos gânglios linfáticos evidenciou a presença de formas amastigotas de Leishmania spp., enquanto a citologia da tumoração nasal exibiu padrão morfológico indicativo de linfoma. Optou-se pela eutanásia do animal e o mesmo foi encaminhado para necropsia. Os achados necroscópicos incluíram a presença de tumor em toda a extensão das cavidades nasais, ocasionando completa obliteração luminal e perda total dos ossos endoturbinados e conchas nasais. Foram coletados fragmentos do tumor nasal, fígado e globo ocular, os quais foram encaminhados para análise histopatológica, a qual revelou proliferação neoplásica, composta por células redondas, sendo sugerida a realização de análise imunoistoquímica para confirmação diagnóstica. O perfil imunoistoquímico aplicado detectou um linfoma de células Natural Killer. O linfoma intranasal em cães muitas vezes é negligenciado no diagnóstico diferencial das enfermidades do trato respiratório superior. Torna-se fundamental a realização do ensaio imunoistoquímico, pois equivale a uma valiosa ferramenta diagnóstica para os pacientes com linfoma.Downloads
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