Prospecção fitoquímica, toxicidade in vitro e avaliação das atividades anti-radicalar e antibacteriana da geoprópolis da abelha jandaíra

Autores

  • Déborah Munique Nogueira de Sousa Universidade Federal Rural do Semi-Árido

DOI:

https://doi.org/10.21708/avb.2015.9.2.4784

Resumo

No Brasil, a espécie de abelha Melipona subnitida, popularmente conhecida por “jandaíra” é endêmica da Caatinga nordestina. Esta espécie possui a peculiaridade de adicionar terra ou barro a sua respectiva própolis, formando geoprópolis. Este estudo objetivou caracterizar um extrato hidroalcóolico de geoprópolis (EHG) de jandaíra, através de prospecção fitoquímica e da determinação do teor de compostos fenólicos totais. Além disso, determinou-se seu potencial enquanto agente anti-radicalar e antibacteriano, pela capacidade sequestrante do radical DPPH e pelo método de difusão em ágar, respectivamente. A toxicidade in vitro contra o microcrustáceo Artemia salina também foi investigada. O EHG mostrou alto teor de compostos fenólicos totais (11,29% p/p) e potencial atividade anti-radicalar (IC50 = 0,084 mg/mL). A fitoquímica revelou presença de taninos hidrolisáveis, flavonóides das classes das flavonas e flavonóis, xantonas e triterpenos pentacíclicos livres. Esses compostos bioativos podem ter sido os responsáveis pela atividade antibacteriana, demonstrada tanto em bactérias gram-positivas, quanto em gram-negativas, principalmente na concentração de 100 mg/mL. Aliado a isso, o EHG mostrou-se pouco tóxico (CL50 = 1282,61 µg/mL). Esses comportamentos abrem perspectivas para futuros estudos da geoprópolis produzida pela abelha jandaíra, um produto nordestino com potencial benefício para a saúde, dada a presença de compostos bioativos em sua composição. Palavras-chave: atividades biológicas, geoprópolis, Melipona subnitida.

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Publicado

2015-07-01

Edição

Seção

Original Articles / Artigos de Pesquisa