Variabilidade genética de ameixa selvagem (Ximenia americana L.) baseada em marcadores rapd
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21252025v3811873rcPalavras-chave:
Caracterização molecular. Diversidade. Recursos genéticos.Resumo
Vários estudos etnobotânicos destacaram a importância da ameixa amarela como espécie vegetal útil no Nordeste brasileiro. Para domesticar e incorporar uma espécie nativa em sistemas produtivos é necessário obter informações sobre seu desenvolvimento e variação genética. Este trabalho teve como objetivo analisar a variabilidade genética de indivíduos de X. americana, acessada por marcadores moleculares amplificados ao acaso (RAPD). Foram utilizados 26 genótipos de X. americana, coletados na reserva particular Fazenda Canto das Emas, na cidade de Caturité, estado da Paraíba, Brasil. Por meio da técnica RAPD, foi possível avaliar as diferenças genéticas entre genótipos nativos em uma população de ameixa silvestre. Baseado no coeficiente de dissimilaridade de Sokas e Rohlf, foi possível formar quatro grupos distintos pelo método UPGMA. O coeficiente de correlação cofenética foi de 0,83, revelando variabilidade na consistência do padrão de agrupamento. Os genótipos de X. americana apresentam diversidade genética detectada por marcadores RAPD, que têm se mostrado eficientes na caracterização de indivíduos. Os genótipos 4, 8, 9, 11, 13, 14, 15, 16, 18, 21, 24, e 25 são os mais divergentes e devem ser utilizados em estratégias de conservação e programas de melhoramento.
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