Qualidade de mudas de maracujazeiro-amarelo sob irrigação com águas salobras e concentrações de ácido salicílico
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21252024v3711879rcPalavras-chave:
Passifloraceas. Estresse salino. Fitormônio.Resumo
Objetivou-se com esta pesquisa avaliar a qualidade de mudas de maracujazeiro ‘BRS Gigante Amarelo’ irrigadas com águas salobras sob aplicação de ácido salicílico. O experimento foi conduzido sob condições de ambiente protegido (telado) na área experimental da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), Campus Multidisciplinar de Caraúbas, RN, no período de agosto a novembro de 2022, instalado em delineamento experimental de blocos ao acaso e analisados no esquema fatorial 4 x 4, com quatro repetições e uma planta por parcela, cujos tratamentos foram compostos do fator condutividade elétrica da água de irrigação - CEa (0,5; 1,4; 2,3 e 3,2 dS m-1), com concentrações de ácido salicílico - AS (0,0; 1,5; 3,0; e 4,5 mM L-1). A condutividade elétrica da água de irrigação de até 3,2 dS m-1 não afeta o crescimento absoluto, a taxa fotossintética e a qualidade de mudas de maracujazeiro ‘BRS Gigante Amarelo’. A CEa do valor médio 1,3 dS m-1 afeta a condutância estomática, transpiração, concentração interna de CO2 e a produção de fitomassa fresca e seca da raiz. A aplicação foliar de ácido salicílico não mitiga o efeito do estresse salino da água de irrigação na produção de mudas de maracujazeiro-amarelo, entretanto, concentração média de 3,15 mM L-1 promove maior crescimento absoluto e relativo, fitomassa fresca e seca da parte aérea e qualidade de mudas. A concentração de 1,5 mM L-1 de AS, associada a uma CEa de 1,0 dS m-1, é recomendada para a produção de mudas de maracujá “BRS Gigante Amarelo”.
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