Impacto da aplicação de silício na severidade de míldio em meloeiro durante período chuvoso

Autores

  • João Pedro Ferreira Barbosa Graduate Program in Agriculture and Biodiversity, Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brazil https://orcid.org/0000-0001-9689-435X
  • Júlio Renovato dos Santos Graduate Program in Agriculture and Biodiversity, Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brazil https://orcid.org/0000-0002-8924-5017
  • Paulo Roberto Gagliardi Department of Agronomic Engineering, Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brazil https://orcid.org/0000-0002-9394-8604
  • Airon José da Silva Department of Agronomic Engineering, Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brazil https://orcid.org/0000-0002-3895-8041
  • Thiago Herbert Santos Oliveira Department of Agricultural Engineering, Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brazil https://orcid.org/0000-0002-1066-1553
  • Luiz Fernando Ganassali de Oliveira Júnior Graduate Program in Agriculture and Biodiversity, Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brazil https://orcid.org/0000-0002-1589-0742

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252024v3712077rc

Palavras-chave:

Cucumis melo L. Pseudoperonospora cubensis. Estresse biótico. Fitossanidade. Silicato de potássio.

Resumo

O míldio é umas das principais doenças foliares que acomete o meloeiro durante o período chuvoso na região Nordeste do Brasil. O silício (Si) tem se destacado como um método alternativo para o controle de patógenos tanto por constituir barreira físicas, como na ativação de mecanismos de defesa da planta. Assim, objetivou-se com este trabalho avaliar a severidade de míldio em meloeiro durante período chuvoso com aplicações foliares de Si. Durante as chuvas, nos meses de maio a julho de 2022 realizaram-se duas pulverizações de silicato de potássio (12% de Si e 15% de potássio) nas doses de 0; 0,25; 0,50; 1,0 e 2,0 L ha-1, com quatro repetições por dose. Realizaram-se avaliações da severidade do míldio em escalas de notas, índices de clorofila e fluorescência transiente da clorofila a (OJIP). A dose de 2,0 L ha-1 proporcionou melhores resultados retardando o desenvolvimento do patógeno em folhas com incidência da doença. Houve diminuição na severidade da doença de até 68,27%, além do aumento nos índices de clorofila a, b e total, em 8,21%, 13,86% e 9,72%, respectivamente. Além disso, o Si promoveu alterações benéficas nos parâmetros do teste OJIP: ABS/RC; TR0/RC; ET0/RC; ABS/CS0 e TR0/CS0. Durante períodos de alta intensidade de chuvas e temperaturas amenas, a aplicação de Si em meloeiro reduz a severidade do míldio e protege as clorofilas, resultando em maior absorção (ABS), armazenamento (TR0) e transporte de elétrons (ET0).

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Publicado

21-03-2024

Edição

Seção

Artigo Científico