Trocas gasosas e fluorescência de clorofila de genótipos de soja submetidos a estresse por alagamento

Autores

  • Silvana Fraga da Silva Department of Agronomic and Forest Sciences, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN, Brazil https://orcid.org/0000-0002-9043-3760
  • Marcio de Oliveira Martins Center for Biological and Natural Sciences, Universidade Federal do Acre, Rio Branco, AC, Brazil https://orcid.org/0000-0003-4947-9019
  • Paulo Victor Alves das Chagas Center for Biological and Natural Sciences, Universidade Federal do Acre, Rio Branco, AC, Brazil https://orcid.org/0009-0007-7007-9585
  • Gisele Lopes dos Santos Department of Agronomic and Forest Sciences, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN, Brazil https://orcid.org/0000-0002-1134-4672
  • Ester dos Santos Coêlho Department of Agronomic and Forest Sciences, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN, Brazil https://orcid.org/0000-0002-5541-1937
  • Aurélio Paes Barros Júnior Department of Agronomic and Forest Sciences, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN, Brazil https://orcid.org/0000-0002-6983-8245
  • Lindomar Maria da Silveira Department of Agronomic and Forest Sciences, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN, Brazil https://orcid.org/0000-0001-9719-7417
  • João Everthon da Silva Ribeiro Department of Agronomic and Forest Sciences, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN, Brazil https://orcid.org/0000-0002-1937-0066

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252024v3712468rc

Palavras-chave:

Glycine max (L.) Merr. Estresse hídrico. Estresse abiótico. Eficiência no uso da água.

Resumo

O objetivo deste trabalho foi avaliar as respostas ecofisiológicas de soja submetida ao alagamento do solo. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado com cinco repetições. Foi utilizado um esquema fatorial 3 x 3, composto por três genótipos de soja (tolerante, sensível e uma cultivar comercial); e três condições hídricas (tratamento controle – solo foi mantido a 70% da capacidade de campo 11 durante todo o ciclo da planta; alagamento do solo por 10 dias no período vegetativo + 10 dias no 12º período reprodutivo; e alagamento do solo por 10 dias apenas no período reprodutivo período. Foram realizadas três avaliações quanto à fluorescência da clorofila a trocas gasosas: após a inundação do período vegetativo (V2); após o alagamento do período reprodutivo (R2), e dez dias após a drenagem da água. Os genótipos tolerantes e sensíveis sofreram redução na taxa fotossintética e na condutância estomática quando submetidos ao estresse hídrico na fase reprodutiva. Porém, sob estresse na fase vegetativa, apenas os genótipos tolerantes e sensíveis reduziram a eficiência quântica atual e a taxa de transporte de elétrons, e no momento do alagamento na fase reprodutiva, todos sofreram alterações e não apresentaram recuperação para essas variáveis. Quanto à quenching não fotoquímico, apenas a sensitiva aumentou a taxa, nas tensões nos estágios V2/R2 e R2. A cultivar comercial local é mais adaptada às condições de alagamento do solo, pois apresenta melhores respostas fisiológicas de adaptação às condições de alagamento do solo.

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Publicado

04-04-2024

Edição

Seção

Artigo Científico