Adaptabilidade e estabilidade de genótipos de sorgo biomassa pelo método GGE Biplot
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21252025v3812509rcPalavras-chave:
Sorghum bicolor. Melhoramento de plantas. Mega-ambientes. Forragem.Resumo
O objetivo do estudo foi avaliar o desempenho agronômico e selecionar genótipos de sorgo biomassa para diferentes regiões do Brasil a partir da análise de adaptabilidade e estabilidade pelo método GGE Biplot. Foram avaliados 25 genótipos, que constituíram os ensaios de valor de cultivo e uso (VCU’s) de sorgo biomassa do Programa de Melhoramento da Embrapa Milho e Sorgo, conduzido em oito locais do Brasil (Sobral-CE, Jaguariúna-SP, Nova Porteirinha-MG, Planaltina-GO, Sete Lagoas-MG, Narandiba-SP, Vilhena-RO e Terra Rica-PR), na safra de 2021/2022. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com três repetições. Foram realizadas as análises de variância conjuntas para as características altura de plantas, florescimento e produtividades de matéria verde e seca. Constada interação (GxA), procedeu-se a análise de adaptabilidade e estabilidade pelo método de GGE Biplot, para todas as características. Com os valores de médias ajustadas, foram obtidos os agrupamentos de médias pelo teste de Scott-Knott (p < 0.05). Os genótipos de sorgo biomassa apresentam maior ciclo, bem como altura e produtividade de biomassa superior a genótipos de sorgo forrageiro. Os híbridos experimentais 202129B014 e 202129B016, bem como o híbrido comercial BRS 716 podem ser recomendados para todos os ambientes, pois apresentam alta adaptabilidade e estabilidade para todos os ambientes para a produção de matéria verde e seca.
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