Comportamento reprodutivo e requerimento térmico de pitaias no extremo norte da amazônia

Resumo

Objetivou-se estudar a fenologia reprodutiva e o requerimento térmico de duas espécies de pitaia nas condições climáticas do extremo Norte da Amazônia. O experimento foi realizado no município de Boa Vista, Roraima durante dois ciclos produtivos (2020/2021 e 2021/2022). Utilizou-se duas espécies de pitaia, a Selenicereus costaricensis, com frutos de casca vermelha e polpa roxa e formato cilíndrico e a Hylocereus polyrhizus, com frutos de casca e polpa vermelha e formato alongado. Selecionou-se 10 plantas de cada espécie, dividindo-as em quatro quadrantes, sendo selecionado 10 cladódios por quadrante e 2 gemas floral por cladódio, totalizando 800 flores por espécie, as quais foram acompanhadas da intumescência da gema até a colheita dos frutos. Avaliou-se os períodos fenológicos da poda até a colheita dos frutos, baseando-se na descrição dos estádios fenológicos da escala Biologische Bundesanstalt Bundessortenamt and Chemical Industry (BBCH). As condições climáticas influenciaram as espécies entre os anos, principalmente devido as variações de temperatura do ar no momento da que antecede as fenofases. As variações entre os anos ocasionaram um aumento no ciclo produtivo de 20 dias para S. costaricensis e 34 dias para H. polyrhizus entre o primeiro (2020/2021) e segundo (2021/2022) ano produtivo. As propriedades organolépticas das espécies apresentaram excelentes resultados, como sólidos solúveis, acidez titulável e relações sólidos solúveis/acidez titulável, inerente as espécies. A maturidade fisiológica completa de frutos de H. costaricensis e H. polyrhizus ocorre aos 31 e 38 dias após a antese (DAA), quando os frutos apresentam coloração vermelho intenso da casca e da polpa.