VALOR NUTRITIVO DA PALMA FORRAGEIRA ‘GIGANTE’ CULTIVADA SOB DIFERENTES ESPAÇAMENTOS E DOSES DE ESTERCO BOVINO
Palavras-chave:
adubação orgânica, arranjo de plantas, Opuntia, qualidade da forragemResumo
Objetivou-se com o presente estudo avaliar o valor nutritivo da palma forrageira cultivada sob diferentes espaçamentos de plantio e doses de esterco bovino aplicadas ao solo. O experimento foi implantado em um Latossolo Vermelho-Amarelo, em Guanambi, Bahia. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados, com 12 tratamentos dispostos em esquema fatorial, 4 x 3, quatro doses de esterco bovino (0; 30; 60 e 90 Mg ha-1 ano-1) e três espaçamentos de plantio, dois em fileiras simples (1,0 x 0,5 e 2,0 x 0,25 m) e um em fileira dupla (3,0 x 1,0 x 0,25 m), e três repetições. Nos espaçamentos de plantio utilizados, manteve-se a mesma densidade populacional de 20.000 plantas ha-1. O valor nutritivo dos cladódios foi avaliado aos 600 dias após o plantio. Os dados foram submetidos à análise de variância e posteriormente realizadas comparações entre as médias dos diferentes espaçamentos pelo Teste de Tukey e análise de regressão para as diferentes doses de esterco e, quando significativas, as interações foram desdobradas. As doses de esterco bovino influenciaram de forma crescente, o teor de proteína bruta, nitrogênio total, proteína de rápida e intermediária degradação. Houve diminuição nos teores de hemicelulose, carboidratos totais, nitrogênio insolúvel em detergente neutro e ácido em função do nitrogênio total e proteína indigerível. Assim, o incremento das doses de esterco aplicadas ao solo melhora o valor nutritivo da forragem de palma e os espaçamentos de plantio pouco influenciam o valor nutritivo da palma forrageira.Downloads
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