QUALIDADE PÓS-COLHEITA DE AMEIXAS ‘CAMILA’ E ‘LAETITIA’ COLHIDAS EM DIFERENTES ESTÁDIOS DE MATURAÇÃO

Autores

  • Mayara Cristiana Stanger Universidade do Estado de Santa Catarina
  • Cristiano André Steffens Universidade do Estado de Santa Catarina
  • Cassandro Vidal Talamini do Amarante Universidade do Estado de Santa Catarina
  • Thais Roseli Corrêa Universidade do Estado de Santa Catarina
  • Hélio Tanaka Universidade do Estado de Santa Catarina

Palavras-chave:

Prunus salicina. Degenerescência da polpa. Qualidade.

Resumo

O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de diferentes estádios de maturação (M1, M2 e M3, correspondendo a frutos com 20-25%, 45-50% e 70-75% de cor vermelha na epiderme, respectivamente) em ameixas ‘Camila’ e ‘Laetitia’, armazenadas sob refrigeração, sobre o amadurecimento e qualidade, principalmente em relação ao escurecimento da polpa. Os frutos foram armazenados sob refrigeração durante 40 dias (1 ± 0,1 ºC e 95% ± 2% UR) e mais três dias em condições ambiente (23 ± 5 °C e 60% ± 5% de UR). Ameixas ‘Camila’ no estádio M1 apresentaram menor evolução na coloração vermelha da epiderme após o armazenamento. Apenas os frutos no estádio M3 apresentaram cor da polpa avermelhada. A firmeza de polpa e a força para compressão do fruto apresentaram diferenças entre os estádios de maturação, sendo M1 maior em relação aos estádios M2 e M3. A força para penetração da polpa foi maior no estádio M1. Ameixas ‘Camila’ colhidas com até 50% de cor vermelha não amadurecem satisfatoriamente e apresentam comprometimento da qualidade. Ameixas ‘Laetitia’ apresentaram evolução da cor da epiderme após armazenamento, especialmente quando colhidas no estádio M3. Nesta cultivar, a força para compressão do fruto apresentou diferença entre todos estádios de maturação, sendo M1>M2>M3. A acidez titulável foi maior nos frutos do estádio M1 e a produção de etileno maior no estádio M3. Ameixas ‘Laetitia’ dos três estádios de maturação apresentam amadurecimento similar após o armazenamento, mas não devem ser colhidas com 20-25% de cor vermelha da epiderme, pois apresentam maior intensidade de escurecimento da polpa.

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Biografia do Autor

Mayara Cristiana Stanger, Universidade do Estado de Santa Catarina

Centro de Ciências Agroveterinárias, Doutoranda em Produção Vegetal, Av. Luiz de Camões, 2090, Bairro Conta Dinheiro, CEP 88520-000, Lages-SC.

Cristiano André Steffens, Universidade do Estado de Santa Catarina

Centro de Ciências Agroveterinárias, Professor do Departamento de Agronomia, Av. Luiz de Camões, 2090, Bairro Conta Dinheiro, CEP 88520-000, Lages-SC.

Cassandro Vidal Talamini do Amarante, Universidade do Estado de Santa Catarina

Centro de Ciências Agroveterinárias, Professor do Departamento de Agronomia, Av. Luiz de Camões, 2090, Bairro Conta Dinheiro, CEP 88520-000, Lages-SC.

Thais Roseli Corrêa, Universidade do Estado de Santa Catarina

MSc. Produção Vegetal, Centro de Ciências Agroveterinárias, Av. Luiz de Camões, 2090, Bairro Conta Dinheiro, CEP 88520-000, Lages-SC.

Hélio Tanaka, Universidade do Estado de Santa Catarina

Engenheiro Agrônomo

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Publicado

28-06-2014

Edição

Seção

Nota Técnica