QUALIDADE PÓS-COLHEITA DE AMEIXAS ‘CAMILA’ E ‘LAETITIA’ COLHIDAS EM DIFERENTES ESTÁDIOS DE MATURAÇÃO
Keywords:
Prunus salicina. Degenerescência da polpa. Qualidade.Abstract
O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de diferentes estádios de maturação (M1, M2 e M3, correspondendo a frutos com 20-25%, 45-50% e 70-75% de cor vermelha na epiderme, respectivamente) em ameixas ‘Camila’ e ‘Laetitia’, armazenadas sob refrigeração, sobre o amadurecimento e qualidade, principalmente em relação ao escurecimento da polpa. Os frutos foram armazenados sob refrigeração durante 40 dias (1 ± 0,1 ºC e 95% ± 2% UR) e mais três dias em condições ambiente (23 ± 5 °C e 60% ± 5% de UR). Ameixas ‘Camila’ no estádio M1 apresentaram menor evolução na coloração vermelha da epiderme após o armazenamento. Apenas os frutos no estádio M3 apresentaram cor da polpa avermelhada. A firmeza de polpa e a força para compressão do fruto apresentaram diferenças entre os estádios de maturação, sendo M1 maior em relação aos estádios M2 e M3. A força para penetração da polpa foi maior no estádio M1. Ameixas ‘Camila’ colhidas com até 50% de cor vermelha não amadurecem satisfatoriamente e apresentam comprometimento da qualidade. Ameixas ‘Laetitia’ apresentaram evolução da cor da epiderme após armazenamento, especialmente quando colhidas no estádio M3. Nesta cultivar, a força para compressão do fruto apresentou diferença entre todos estádios de maturação, sendo M1>M2>M3. A acidez titulável foi maior nos frutos do estádio M1 e a produção de etileno maior no estádio M3. Ameixas ‘Laetitia’ dos três estádios de maturação apresentam amadurecimento similar após o armazenamento, mas não devem ser colhidas com 20-25% de cor vermelha da epiderme, pois apresentam maior intensidade de escurecimento da polpa.Downloads
References
ALVES, E. O. et al. Controle do escurecimento interno de ameixas durante o armazenamento pelo manejo do ponto de colheita e do etileno. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 33, n. 2, p. 376-385, 2011.
ALVES, E. O. et al. Manejo do etileno durante o armazenamento de ameixas 'laetitia' em atmosfera controlada. Ciência Rural, Santa Maria, v. 39, n. 9, p. 2445-2451, 2009.
BRACKMAN, A. Armazenamento refrigerado de ameixas ‘laetitia’ com uso do 1-MCP e indução de perda de massa fresca. Ciência Rural, Santa Maria, v. 40, n. 1, p. 30-36, 2010.
BROVELLI, E. A.; BRECHT, J. K.; SHERMAN, W. B. Potential maturity indices and developmental aspects of melting-flesh and nonmelting-flesh peach genotypes for the fresh market. Journal of the American Society for Horticultural Science, Alexandria, v. 238, n. 3, p. 438-444, 1998.
CASQUERO, P. A.; GUERRA, M. Harvest Parameters to optimise storage life of european plum ‘oullins gage’. International Journal of Food Science & Technology, Amsterdam, v. 44, n. 10, p. 2049-2054, 2009.
CORRÊA, T. R. et al. Ameixas ‘laetitia’ armazenadas em atmosferas controlada e modificada ativa com manejo do etileno. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 33, n. 3, p. 723-729, 2011.
DALBÓ, M. A.; FELDBERG, N. P. Novas cultivares de ameixeiras: Características e polinização. In: ENCONTRO NACIONAL SOBRE FRUTICULTURA DE CLIMA TEMPERADO, 11, Friburgo, 2009, Anais... Caçador: Epagri, 2009. p. 11-22.
DUCROQUET, J. P.; DALBÓ, M. S. SCS 409 Camila e SCS 410 Piuna: Novas cultivares de ameixeira com resistência à escaldadura das folhas. Agropecuária Catarinense, Florianópolis, v. 20, n. 1, p. 67-70, 2007.
FERGUSON, I. B. Colour development and quality of mangosteen ( Garcinia Mangostana L.) fruit during ripening and after harvest. Postharvest Biology and Technology, Amsterdam, v. 51. n. 3, p. 349-353, 2009.
GIRARDI, C.L. et al. Manejo pós-colheita de pêssegos cultivar chiripá. Bento Gonçalves: Embrapa Uva e Vinho, 2000. 36 p. (Circular Técnica, 28).
GUERRA, M.; CASQUERO, P. A. Effect of harvest date on cold storage and postharvest quality of plum cv. green gage. Postharvest Biology and Technology, Amsterdam, v. 47, n. 3, p. 625-332, 2008.
JACOMINO, A. P. et al. Amadurecimento e senescência de mamão com 1-metilciclopropeno. Scientia Agricola, Piracicaba, v. 59, n. 2, p. 303-308, 2002.
LUCHSINGER, L. L. Avanços na conservação de frutas de caroço. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE FRUTAS DE CAROÇO PÊSSEGOS, NECTARINAS E AMEIXAS, 3, Porto Alegre, 2000, Anais... Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2000. p. 95-104.
LURIE, S.; CRISOSTO, C. H. Chilling injury in peach and nectarine. Postharvest Biology and Technology, Amsterdam, v. 37, n. 3, p. 195-208, 2005.
MAJUMDER, K.; MAZUMDAR, B. C. Changes of pectic substances in developing fruits of cape-gooseberry (Physalis Peruviana L.) in relation to the enzyme activity and evolution of ethylene. Scientia Horticulturae, Amsterdam, v. 96, n. 1, p. 91-101, 2002.
MALGARIM, M. B. et al. Estádio de maturação e variação da temperatura na qualidade pós-colheita de ameixas cv. reubennel. Revista Brasileira de Agrociência, Pelotas, v. 13, n. 1, p. 61-67, 2007.
MALGARIM, M. B. et al. Estádios de maturação e variação da temperatura de armazenamento na qualidade pós-colheita de ameixas cv. amarelinha. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 27, n. 1, p. 29-35, 2005.
NUNES, C. et al. Search for suitable maturation parameters to define the harvest maturity of plums (Prunus Domestica L.): A case study of candied plums. Food Chemistry, Amsterdam, v. 112, n. 3, p. 570-574, 2009.
OWINO, W. O. et al. Alterations in cell wall polysaccharides during ripening in distinct anatomical tissue regions of the fig (Ficus Carica L.) fruit. Postharvest Biology and Technology, Amsterdam, v. 32, n. 1, p. 67-77, 2004.
PALAPOL, Y. et al. Colour development and quality of mangosteen (Garcinia Mangostana L.) fruit during ripening and after harvest. Postharvest Biology and Technology, Amsterdam, v. 51, n. 3, p. 349-353, 2009.
SAQUET, A. A.; STREIF, J. Respiração e produção de etileno de maçãs armazenadas em diversas concentrações de oxigênio. Revista Brasileira de Agrociência, Pelotas, v. 8, n. 1, p. 71-75, 2002.
SEIBERT, E. et al. Danos de frio e alterações qualitativas durante armazenagem refrigerada de pêssegos colhidos em dois estádios de maturação. Bragantia, Campinas, v. 67, n. 4, p. 1021-1029, 2008.
STEFFENS, C. A. et al. Armazenamento de ameixas ‘laetitia’ em atmosfera modificada. Ciência Rural, Santa Maria, v. 39, n. 9, p. 2439-2444, 2009.
STEFFENS, C. A. et al. Maturação e qualidade pós-colheita de ameixas ‘laetitia’ com a aplicação pré-colheita de AVG e GA3. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 33, n. 1, p. 21-31, 2011a.
STEFFENS, C. A. et al. O tratamento pré-colheita com aminoetoxivinilglicina ou ácido giberélico preserva a qualidade pós-colheita de ameixas ‘laetitia’. Bragantia, Campinas, v. 70, n. 1, p. 222-227, 2011b.
STEFFENS, C. A. et al. Taxa respiratória de frutas de clima temperado. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 42, n. 3, p. 313-321, 2007.
STEFFENS, C. A. et al. Maturação da maçã ‘gala’ com a aplicação pré-colheita de aminoetoxivinilglicina e ethephon. Ciência Rural, Santa Maria, v. 36, n. 2, p. 434-440, 2006.
USENIK, V. et al. Quality changes during ripening of plums (Prunus domestica L.). Food Chemistry, London, v. 111, n. 4, p. 830-836, 2008.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Os Autores que publicam na Revista Caatinga concordam com os seguintes termos:
a) Os Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons do tipo atribuição CC-BY, para todo o conteúdo do periódico, exceto onde estiver identificado, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista, sem fins comerciais.
b) Os Autores têm autorização para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Os Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).