CONSERVAÇÃO DE INFLORESCÊNCIAS DE HELICÔNIAS PREVIAMENTE ADUBADAS COM DOSES CRESCENTES DE NITROGÊNIO E POTÁSSIO

Autores

  • Genilda Canuto Amaral Universidade de Brasília
  • Márkilla Zunete Beckmann-Cavalcante Universidade Federal do Vale do São Francisco, Campus Ciências Agrárias.
  • Leonardo Pereira da Silva Brito Universidade Federal do Piauí, Campi Profª Cinobelina Elvas
  • Marluce Pereira Damasceno Lima Universidade Federal do Piauí, Campi Profª Cinobelina Elvas
  • Josy Anteveli Osajima Universidade Federal do Piauí do Campus Ministro Petrônio Portella no Departamento de Ciências dos Materiais.

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252015v28n307rc

Palavras-chave:

Heliconia psittacorum. Qualidade pós-colheita. Solução de manutenção.

Resumo

A longevidade das hastes florais é um dos principais aspectos observados na produção de flores para corte, constituindo-se um pré-requisito para a qualidade do produto e sucesso da comercialização. Nesse sentido, objetivou-se avaliar a conservação de inflorescências de helicônias com ou sem renovação da água de manutenção, previamente adubadas com doses crescentes de nitrogênio e potássio. Foram utilizadas inflorescências de helicônias da espécie Heliconia psittacorum x H. spathocircinata cv. Golden Torch cultivadas a céu aberto no Setor de Floricultura da UFPI, Bom Jesus (PI), sob doses crescentes de adubação com N e K. O delineamento foi em blocos casualizados em esquema fatorial 4 x 4 x 2, correspondendo a: i) doses de N (0, 120, 180 e 240 g de N cova1); ii) doses de K (0, 120, 180 e 240 g de K2O cova-1); e iii) renovação da água de manutenção (sem e com renovação) com três repetições e três hastes cada uma. Fora realizado a avaliação de absorção de água pelas hastes florais, perda de massa fresca das hastes florais, massa seca das hastes florais e longevidade pós-colheita. A dose de 180 g cova-1 tanto de N quanto K proporcionou a maior longevidade das hastes florais com manutenção da qualidade. A absorção de água pelas hastes florais e sua massa seca após a colheita foram influenciadas pela adubação prévia de N e K. A renovação da água de manutenção também influenciou positivamente na longevidade das hastes florais, sendo um manejo indicado para manter a qualidade pós-colheita.

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Biografia do Autor

Genilda Canuto Amaral, Universidade de Brasília

Engenheira Florestal, formada pela Universidade Federal do Piauí. Atualmente curso o mestrado na Universidade de Brasília, no Departamento de Engenharia Florestal, na área de concentração Ciências Florestais sub área Manejo Florestal.

Márkilla Zunete Beckmann-Cavalcante, Universidade Federal do Vale do São Francisco, Campus Ciências Agrárias.

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Pelotas (2002), mestrado em Agronomia pela Universidade Federal de Pelotas (2004) e doutorado em Agronomia (Produção Vegetal) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2007) com estágio de doutorado (PDEE) na Fachhochschule Weihenstephan Freising/Alemanha. Atualmente é Professora Adjunto III da Universidade Federal do Vale do São Francisco. Faz parte do corpo docente/orientador do Programa de Pós-Graduação em Agronomia (Mestrado em Fitotecnia), do Campus Profa. Cinobelina Elvas da Universidade Federal do Piauí. Tem experiência na área de Agronomia - Floricultura, com ênfase em Substratos, Produção de Mudas, Produção em Ambiente Protegido.

Leonardo Pereira da Silva Brito, Universidade Federal do Piauí, Campi Profª Cinobelina Elvas

Engenheiro Agrônomo pela Universidade Federal do Piauí, Campus Prof.ª Cinobelina Elvas (UFPI/CPCE) (2013). Atualmente é Mestrando em Fitotecnia pela Universidade Federal do Piauí (UFPI/CPCE). Possui curso Técnico em Agropecuária pelo Campus Amilcar Ferreira Sobral (CAFS) (2008). Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em: nutrição de plantas, substratos alternativos, espécies ornamentais e produção de mudas olerícolas.

Marluce Pereira Damasceno Lima, Universidade Federal do Piauí, Campi Profª Cinobelina Elvas

Possui graduação de Licenciatura Plena em Ciências Biológicas e mestrado em Fitotecnia pela Universidade Federal do Piauí. Tem experiência na área de Ensino de Ciências e Biologia, bem como, na área de Botânica, com ênfase em Botânica Aplicada, Taxonomia de Criptógamas e Pós-colheita de flores e frutos, atuando principalmente nos seguintes temas: etnobotânica, fanerógamas, criptógamas, herbário, ecologia e produção de helicônias.

Josy Anteveli Osajima, Universidade Federal do Piauí do Campus Ministro Petrônio Portella no Departamento de Ciências dos Materiais.

Possui graduação em Química Bacharelado e Licenciatura pela Universidade Estadual de Londrina (2002), mestrado em Química dos Recursos Naturais pela Universidade Estadual de Londrina (2004) e doutorado pelo Instituto de Química de São Carlos da Universidade de São Paulo- área de concentração: Fisíco-química (2009), com estágio de doutorado (sanduíche) na "North Caroline University at Chapel Hill" (2007-2008). Atualmente é professora adjunta na Universidade Federal do Piauí do Campus Ministro Petrônio Portella no Departamento de Ciências dos Materiais. Tem experiência na área de Química, com ênfase em Fotoquímica, principalmente nos seguintes temas: mecanismo de fotodegradação de corantes e polímeros.

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Publicado

27-08-2015

Edição

Seção

Agronomia