TAMANHO DE AMOSTRA PARA AVALIAR A SEVERIDADE DE BRUSONE DA FOLHA EM EXPERIMENTOS COM ARROZ IRRIGADO

Autores

  • Bruno Giacomini Sari Department of Plant Science, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS
  • Alessandro Dal'Col Lúcio Department of Plant Science, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS
  • Ivan Francisco Dressler da Costa Department of Plant Protection, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS
  • Ana Lúcia de Paula Ribeiro Department of Plant Protection, Instituto Federal Farroupilha, Campus São Vicente do Sul, São Vicente do Sul, RS

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252016v29n406rc

Palavras-chave:

Oryza sativa. Pyricularia grisea. Precisão experimental. Amostragem.

Resumo

O objetivo deste trabalho foi determinar o tamanho de amostra necessário para avaliar a severidade da brusone da folha no arroz irrigado em experimentos com diferentes tratamentos fungicidas. Foram utilizados dados de severidade da brusone e área abaixo da curva de progresso da doença de três experimentos utilizando o controle químico realizados no Rio Grande do Sul. Foi realizada a análise de variância, para verificar se a severidade da doença foi diferenciada entre os tratamentos. Também foi verificado se a dispersão da doença foi diferenciada entre os tratamentos e as avaliações, através da razão variância/média e do índice de Morisita. A dispersão da doença entre os tratamentos e ao longo das avaliações é importante para a escolha da fórmula utilizada no cálculo do tamanho da amostra. A dispersão da doença não foi a mesma ao longo dos experimentos, variando entre tratamentos e avaliações. Diante deste comportamento, optou-se por utilizar uma fórmula de cálculo que não estivesse associado a distribuições que indicassem a distribuição espacial da doença no campo (binomial negativa ou Poisson). O tamanho de amostra para a estimação da severidade média da brusone do arroz variou entre os tratamentos e as avaliações. Para avaliar a área abaixo a curva de progresso da doença é necessário avaliar menos folhas. Recomenda-se a avaliação de 293 folhas para estimar a severidade, e 63 para estimar a AUDPC, com 20% de erro.

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Biografia do Autor

Bruno Giacomini Sari, Department of Plant Science, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS

Engenheiro Agrônomo formado pela Universidade Federal de Santa Maria, têm experiência na área de defesa fitossanitária, atuando em experimentos de controle químico de doenças e tecnologia de aplicação de fungicidas em soja, arroz e trigo. Também atuou em experimentos ligados ao manejo integrado de pragas (MIP). Atualmente é aluno de mestrado do Programa de Pós Graduação em Agronomia da Universidade Federal de Santa Maria.

Alessandro Dal'Col Lúcio, Department of Plant Science, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal do Espirito Santo (1994), mestrado em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Maria (1997) e doutorado em Agronomia (Produção Vegetal) [Jaboticabal] pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1999). Atualmente é membro da The International Biometric Society, da Região Brasileira da Sociedade Internacional de Biometria - RBRAS, da Associação Brasileira de Horticultura - ABH e da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência - SBPC e professor associado IV da Universidade Federal de Santa Maria. É lider do grupo de pesquisa Experimentação registrado no CNPq. Tem experiência na área de Probabilidade e Estatística, com ênfase em Experimentação Agrícola, atuando principalmente nos seguintes temas: planejamento de experimentos, precisão experimental, ambiente protegido, amostragem e variabilidade.

Ivan Francisco Dressler da Costa, Department of Plant Protection, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS

Graduado em Agronomia, pela Universidade Federal de Santa Maria, no ano de 1988, RTD&P SIPCAM, em Passo Fundo, RS, de 1988 a 1991. Professor em Fitopatologia, na Fundação Universidade de Cruz Alta, de 1992 a 1995. Mestre em Produção Vegetal - (Fitopatologia) Agronomia, pela Universidade Federal de Santa Maria, no ano de 1994. Professor em Proteção de Plantas na UNIJUí, Ijuí, RS, de 1994 a 1995.Professor Assistente em Fitopatologia, na Universidade Federal de Santa Maria, em 1998. Doutor em Agronomia, pela Universidade Federal de Santa Maria, no ano de 2005. Atualmente é Professor Adjunto do Departamento de Defesa Fitossanitária, da Universidade Federal de Santa Maria. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Fitopatologia, atuando principalmente nos seguintes temas: controle integrado de doenças em grandes culturas (arroz irrigado, soja, milho, trigo), tecnologia de aplicação de fungicidas (aérea e terrestre), controle de doenças em HF e diagnose de doenças em plantas cultivadas.

Ana Lúcia de Paula Ribeiro, Department of Plant Protection, Instituto Federal Farroupilha, Campus São Vicente do Sul, São Vicente do Sul, RS

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Maria (1996), mestrado em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Maria (1999) e doutorado em Fitossanidade pela Universidade Federal de Pelotas (2005). Atualmente é Professora Ensino Básico Técnico e Tecnológico Instituto Federal Farroupilha - Câmpus São Vicente do Sul. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Entomologia Agrícola, atuando principalmente nos seguintes temas: meio ambiente e controle biológico.

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Publicado

13-09-2016

Edição

Seção

Agronomia