DESEMPENHO E CARACTERÍSTICAS QUANTITATIVAS E QUALITATIVAS DE CARCAÇA DE SUÍNOS ALIMENTADOS COM FARELO DE CANOLA

Autores

  • Lina María Peñuela Sierra Department of Veterinary and Animal Science, Universidad del Tolima, Ibagué, TOL
  • Ivan Moreira Departament of Animal Science, Universidade Estadual de Maringá, PR
  • Paulo Levi de Oliveira Carvalho Departament of Animal Science, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Marechal Cândido Rondon, PR
  • Adriana Gomez Gallego Departament of Animal Science, Universidade Estadual de Maringá, PR
  • Laura Marcela Diaz Huepa Departament of Animal Science, Universidade Estadual de Maringá, PR
  • Clodoaldo de Lima Costa Filho Departament of Animal Science, Universidade Estadual de Maringá, PR

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252016v29n325rc

Palavras-chave:

Alimento protéico. Farelo de Canola. Suínos.

Resumo

Foram conduzidos dois experimentos com o objetivo de determinar o valor nutricional e avaliar o desempenho e características da carcaça de suínos alimentados com farelo de canola (Brassica napus). No Experimento I, foi conduzido um ensaio de digestibilidade total com 14 suínos mestiços de linhagem comercial, machos castrados, com 60,69 ± 4,26 kg de PV inicial. O alimento teste farelo de canola (FC), substituiu em 25% a ração referência à base de milho e farelo de soja. Cada suíno constituiu uma unidade experimental, totalizando sete unidades experimentais por ração. Os valores de energia digestível (ED) e energia metabolizável (EM) na matéria natural para o FC foram de 2995 kcal/kg e 2796 kcal/kg, respectivamente. No Experimento II, foram utilizados 50 suínos mestiços, com peso vivo inicial de 29,90 ± 1,16 kg e final de 60,33 ± 3,38 kg, na fase de crescimento, e peso vivo inicial de 60,37 ± 1,6 kg e final de 90,37 ± 3,19 kg na fase de terminação. Foi utilizado o delineamento de blocos inteiramente casualizados, com quatro tratamentos, (6, 12, 18 e 24% de FC), com 10 repetições e um suíno por unidade experimental. Adicionalmente, foi formulada uma ração testemunha, contendo 0% de FC. Os dados foram submetidos à análise de variância e adicionalmente foi aplicado o Teste de Dunnett, e análise de regressão, a 5% de probabilidade. Os resultados sugerem que é possível incluir até 24% de FC nas dietas de suínos, em crescimento e terminação, sem prejudicar o desempenho e as características da carcaça.

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Biografia do Autor

Lina María Peñuela Sierra, Department of Veterinary and Animal Science, Universidad del Tolima, Ibagué, TOL

Grupo de Investigación Sistemas Agroforestales Pecuarios. Universidad del Tolima - Barrio Santa Helena Parte Alta, 546, Ibagué – Tolima – Colombia

Ivan Moreira, Departament of Animal Science, Universidade Estadual de Maringá, PR

Departamento de Zootecnia

Paulo Levi de Oliveira Carvalho, Departament of Animal Science, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Marechal Cândido Rondon, PR

Departamento de Zootecnia

Adriana Gomez Gallego, Departament of Animal Science, Universidade Estadual de Maringá, PR

Programa de Pós-graduação em Zootecnia - PPZ/UEM

Laura Marcela Diaz Huepa, Departament of Animal Science, Universidade Estadual de Maringá, PR

Programa de Pós-graduação em Zootecnia - PPZ/UEM

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Publicado

20-07-2016

Edição

Seção

Zootecnia