QUALIDADE DOS FRUTOS DE MACIEIRAS IRRIGADAS NO SEMIÁRIDO NORDESTINO

Autores

  • Cíntia Patrícia Martins de Oliveira Agricultural Engineering Post-Graduation Department, Universidade Federal do Vale do São Francisco, Juazeiro, BA
  • Welson Lima Simões Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Petrolina, PE
  • José Aliçandro Bezerra Silva Agricultural Engineering Post-Graduation Department, Universidade Federal do Vale do São Francisco, Juazeiro, BA
  • Paulo Roberto Coelho Lopes Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Petrolina, PE
  • Joston Simão Assis Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Petrolina, PE

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252017v30n324rc

Palavras-chave:

Regime hídrico. Malus domestica Borkh. Pós-colheita.

Resumo

A elevada radiação associada ao manejo adequado da irrigação no semiárido brasileiro favorece o aumento da produção e a qualidade dos frutos de culturas adaptadas a região. O objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade dos frutos de duas variedades de maçãs cultivadas na região do Vale Submédio do Rio São Francisco sobre diferentes lâminas de irrigação. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com parcelas subsubdivididas, com cinco repetições, sendo as parcelas principais quatro lâminas de irrigação (60; 80; 100; e 120 % da evapotranspiração de referência - ETo), as subparcelas duas cultivares de maçã (Julieta e Princesa) e as subsubparcelas as posições da copa da planta (leste e oeste). Avaliou-se o teor de sólidos solúveis (SS), a acidez titulável (AT), a relação entre SS/AT, a firmeza de polpa (FP) e a massa de matéria fresca do fruto (MMFF). Não se observou interação tripla entre os fatores avaliados, mas houve um efeito significativo das características SS e AT, da interação entre lâminas e cultivares para FP, da interação entre lâminas e posição para FP, razão de SS/AT e MMFF e da interação entre cultivares e posição para relação SS/AT. O aumento da irrigação promoveu aumento do tamanho dos frutos, das duas cultivares, sem comprometer a qualidade pós-colheita. A cultivar Princesa apresentou os melhores resultados quanto o SS, AT, FP e MMFF, contudo ambas as cultivares apresentaram características organolépticas dentro do recomendado para comercialização. Os frutos colhidos do lado oeste apresentaram melhor qualidade pós-colheita.

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Biografia do Autor

Cíntia Patrícia Martins de Oliveira, Agricultural Engineering Post-Graduation Department, Universidade Federal do Vale do São Francisco, Juazeiro, BA

Engenheira Agrônoma - Universidade Estadual da Bahia (campus III); área de trabalho melhoramento genético e biotecnologia. Mestre em Engenharia Agrícola - Engenharia de Água e solo - Universidade Federal do Vale do São Francisco (Campus de Juazeiro-BA) - área de trabalho fisiologia vegetal e manejo de irrigação.

Welson Lima Simões, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Petrolina, PE

graduação em Agronomia pela Universidade Federal da Bahia (2002), mestrado em Engenharia Agrícola (Irrigação e Drenagem) pela Universidade Federal de Lavras (2004) e doutorado em Engenharia Agrícola (Irrigação e Drenagem) pela Universidade Federal de Viçosa (2007). Atualmente é pesquisador da Embrapa Semi-Árido na área de Irrigação e Drenagem. Tem experiência em irrigação e fertirrigação de fruteiras tropicais, salinidade, bioenergia e variabilidade espacial.

José Aliçandro Bezerra Silva, Agricultural Engineering Post-Graduation Department, Universidade Federal do Vale do São Francisco, Juazeiro, BA

Graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Alagoas (1992), Especialista em Controle Integrado de Pragas e Agricultura Topical (1992 e 1994) e Agricultura Tropica Cana de Açúcar (1994-1996), ambos pela Universidade Federal de Alagoas, mestrado em Fisiologia Vegetal pela Universidade Federal de Viçosa (1999) e doutorado em Biologia Vegetal pela Universidade Estadual de Campinas (2003). Atualmente é ProfessorAjunto da Fundação Universidade Federal do Vale do São Francisco. Tem experiência na área de Biologia Vegetal, com ênfase em Fisiologia Vegetal, atuando principalmente nos seguintes temas: Biologia Celular, Crescimento e Desenvolvimento de Plantas e Ecofisiologia da Produção.

Paulo Roberto Coelho Lopes, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Petrolina, PE

Engenheiro Agrônomo diplomado pela Escola de Agronomia da UFBA, em Cruz das Almas - BA. Mestrado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre - RS. Doutorado na Universidade Politécnica de Valencia - Espanha. Pós-Doutorado em Produção Integrada de Frutas e Boas Práticas Agrícolas na Mississipi State University, Estados Unidos. Coordenador do Projeto de Produção Integrada de Manga e Uvas Viniferas no Vale do São Francisco. Coordenador do projeto Introdução e Avaliação de Culturas Alternativas para as Áreas Irrigadas do Semi-Árido Brasileiro. Atua nos seguintes temas: Produção Integrada de Frutas, Introdução de Culturas (pereira, macieira, caquizeiro, dentre outras).

Joston Simão Assis, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Petrolina, PE

Possui graduação em Agronomia pela Faculdade de Agronomia do Médio São Francisco (1976), mestrado em Ciências Agrárias (Fisiologia Vegetal) pela Universidade Federal de Viçosa (1983), doutorado em Agronomia (Agricultura) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1995) e Pós-doutorado pelo Instituto del Frío-CSIC-Madrid-Espanha (2000). Atualmente é Professor Titular da Universidade do Estado da Bahia e Pesquisador A08 da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Fisiologia Vegetal e Fisiologia Pós-colheita, atuando principalmente nos seguintes temas: manga, fisiologia pós-colheita, pós-colheita, fisiologia vegetal, atmosfera controlada, segurança do alimento e produção integrada.

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Publicado

21-03-2017

Edição

Seção

Engenharia Agrícola