SILICATO DE CÁLCIO COMO ATENUADOR DO ESTRESSE SALINO EM MUDAS DE MARACUJAZEIRO AMARELO cv. BRS GA1
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21252020v33n223rcPalavras-chave:
Passiflora edulis. Salinidade. Silício. Biometria. Acúmulo de biomassa.Resumo
O estresse salino ocasiona perda no rendimento das culturas, principalmente aquelas de grande importância econômica e socioalimentar, como o maracujazeiro. Com isso, objetivou-se nesta pesquisa avaliar os efeitos da adubação com silicato de cálcio na mitigação do estresse salino em mudas de maracujazeiro amarelo. O experimento foi conduzido em ambiente protegido, no delineamento experimental de blocos casualizados, arranjados em esquema fatorial 4 x 3, referente a quatro concentrações de silicato de cálcio (0; 2,22; 4,44 e 6,66 g por planta) e três níveis de salinidade da água de irrigação – CEa (0,5; 1,7 e 4,0 dS m-1), com quatro repetições, considerando como unidade experimental cinco plantas. As mudas da cultivar BRS GA1 foram produzidas em recipientes com capacidade para 0,5 dm3, preenchidos com a mistura de solo, areia lavada e esterco bovino curtido, na proporção 1:1:1 (v:v). As plantas receberam aplicações de silicato de cálcio conforme as doses estudadas em três parcelas, aos 30, 45 e 60 dias após a semeadura. Aos 90 dias após a semeadura às plantas foram avaliadas quanto ao crescimento e acúmulo de biomassa. A utilização de água com salinidade de 4,0 dS m-1 restringiu o crescimento e o acúmulo de biomassa das mudas de maracujazeiro. O uso de silicato de cálcio na dose de 3,5 g por planta mitiga o estresse salino em mudas de maracujazeiro cultivar BRS GA1 quando irrigadas com água salina.
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