CONTROLE DE MILHO VOLUNTÁRIO EM FUNÇÃO DE PERÍODOS DE AUSÊNCIA LUMINOSA APÓS A APLICAÇÃO DE DIQUAT

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252022v35n206rc

Palavras-chave:

Bipiridilos. Fluorescência da clorofila. Estresse Oxidativo. Inibidores do fotossistema I. Zea mays L.

Resumo

A ação de herbicidas inibidores do fotossistema I (FSI) depende da luz para causar estresse oxidativo nas plantas. No entanto, sua translocação é autoinibida devido à sua rápida ação na presença de luz. Objetivou-se avaliar a eficácia do herbicida diquat no controle de plantas de milho submetidas a diferentes períodos de ausência de luz após a aplicação. Foram realizados dois experimentos (campo e casa de vegetação), aplicando diquat (200 g ia ha-1) em plantas de milho em V4. As plantas foram submetidas a 0; 1; 2; 3; 4; 5 e 6 horas de ausência luminosa após a aplicação. Um tratamento sem aplicação de herbicida foi usado como controle. O controle (%) e a biomassa das plantas foram avaliados em ambos os experimentos, e a atividade fotossintética e o acúmulo foliar de peróxido de hidrogênio (H2O2) foram avaliados no experimento em casa de vegetação. Os resultados demonstraram que o diquat necessita de pelo menos 5 horas de ausência de luz após a aplicação para controlar totalmente as plantas. As plantas se recuperaram em períodos mais curtos (4 horas ou menos) de escuro, e as injúrias ficaram restritas aos pontos onde o herbicida teve contato com a planta. A capacidade de recuperação das plantas relacionou-se à maior atividade fotossintética e indução de estresse oxidativo pela exposição precoce à luz. Portanto, a menor produção de H2O2 em plantas mantidas no escuro por maior período após a aplicação do herbicida permite a translocação do herbicida para os meristemas, o que previne a rebrota.

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Publicado

04-04-2022

Edição

Seção

Agronomia