CRESCIMENTO, SÍNTESE DE SOLUTOS ORGÂNICOS E EQUILÍBRIO IÔNICO DE PLÂNTULAS DE PINHÃO-MANSO SOB ESTRESSE SALINO
Keywords:
Fenol, K , Jatropha curcas, Proteínas, SalinidadeAbstract
O presente trabalho avaliou o efeito de distintas concentrações salinas sobre o crescimento, síntese de solutos orgânicos e equilíbrio iônico (Na+, Cl- e K+) de Jatropha curcas L. durante 28 dias. Foram estabelecidos sete tratamentos: 0, 15, 30, 45, 60, 75 e 90 mol m-3 de NaCl, em delineamento inteiramente casualizado, com cinco repetições por tratamento. Nas maiores concentrações de NaCl a adição do sal foi feita gradualmente para evitar choque osmótico. O número de folhas e a área foliar foram reduzidos nas plantas submetidas à salinidade a partir de 30 e 45 mol m-3 de NaCl, respectivamente. A produção de matéria fresca e seca foram reduzidas a partir de 60 mol m-3 de NaCl com redução de até 36 %. A concentração de carboidratos solúveis e proteínas solúveis totais aumentaram significativamente apenas nas plantas submetidas a 15 e 30 mol m-3 e 30 mol m-3 de NaCl, respectivamente. O teor de fenóis totais aumentou nas plantas submetidas à salinidade a partir 30 mol m-3 de NaCl. O incremento dos teores de fenóis totais, carboidratos solúveis totais e proteínas solúveis associado à ausência de redução do crescimento em plântulas submetidas a 30 mol m-3 de NaCl indica a ativação de mecanismos de aclimatização eficiente nesta magnitude de estresse. Os teores de Na+ e de Cl- aumentaram em todas as partes da planta à medida que foram incrementadas as concentrações de sal na solução nutritiva. Os elevados teores de Na+ e Cl- indicam a ausência de mecanismos de extrusão desses íons.Downloads
References
ASHRAF, M.; FOOLAD, M.R. Improving plant abiotic-stress resistance by exogenous application of osmoprotectants glycinebetaine and proline. Environment Experimental Botany, v.59, p. 206–216, 2007.
BATES, L. S.; WALDREN, R. P.; TEARE, I. D. Rapid determination os free proline for water-stress studies. Plant and Soil, Dordrecht, v. 39, p. 205-207, 1973.
BENINCASA, M. M. P. Análise de crescimento de plantas (noções básicas). Jaboticabal: FUNEP, São Paulo, 2003. 41 p.
BLUMWALD, E.; Sodium transport and salt tolerance in plant cells. Current Opinion
of Cell Biology, v. 12, p. 76-112, 2000.
BRADFORD, M. M. A rapid and sensitive method for the quantitation of microgram quantities of protein utilizing the principle of protein-dye binding. Analytical Biochemistry, Georgia, v. 72, p. 248-254, 1976.
CHAVES, L. H. G. et al. Zinco e cobre em pinhão manso. I. Crescimento inicial da cultura. Revista Caatinga, Mossoró, v. 22, n. 3, p. 94-99, 2009.
FAGERIA, N. K. Solos tropicais e aspectos fisiológicos das culturas. Brasília: EMBRAPA/DPU, 1989. 425p. Documento, 18 Grande: UFCG, 2004. 74p. Dissertação Mestrado.
FAO. Crops and drops: making the best use of water for agriculture. Roma 2002.
22p.
FERREIRA, P. A. et al. Efeitos da lixiviação e salinidade da água sobre um solo salinizado cultivado com beterraba. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v. 10, n. 3, p. 570-578, 2005.
FOYER, C.H.; NOCTOR, G. Redox Regulation in Photosynthetic Organisms: Signaling, Acclimation, and Practical Implications. Antioxidants & Redox Signaling, v. 11, p. 862-905, 2009.
FRICKE, W. et al. The short-term growth response to salt of the developing barley leaf. Journal of Experimental Botany. Plants and Salinity Special Issue, v. 57, n. 5, p. 1079-1095, 2006.
GREENWAY, H.; MUNNS, R. Mechanisms of salt tolerance in nonhalophytes.
Annual Review Plant Physiology, v. 31, p. 149-90, 1980.
HOLANDA, A. C. et al. Desenvolvimento inicial de espécies arbóreas em ambientes degradados por sais. Revista de Biologia e Ciências da Terra, Campina Grande, v. 7, n. 1, p. 39-50, 2007.
LARCHER, W. Ecofisiologia Vegetal. São Carlos: Rima, 2004. 531 p.
NERY, A. R. et al. Crescimento do pinhão-manso irrigado com águas salinas em ambiente protegido. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v.13, n. 5, p. 551–558, 2009.
NEVES, J. M. G. et al. Padronização do teste de germinação para sementes de pinhão-manso. Revista Caatinga, Mossoró, v. 22, n. 4, p. 76-80. 2009.
MALAVOLTA, E.; VITTI, G. C.; OLIVEIRA, S.A. Avaliação do estado nutricional das plantas: princípios e aplicações. Piracicaba: Associação Brasileira para Pesquisa da Potassa e do Fosfato, 1989. 201 p.
MENDES, B. S. S. et al. Mecanismo fisiológicos e bioquímicos do abacaxi ornamental sob estresse salino. Revista Caatinga, Mossoró, v. 24, n. 3, p. 71-77, 2011.
MIYAZAWA, M.; PAVAN, M. A.; BLOCH, M. F. M. Análise química de tecido vegetal. Londrina: IAPAR, 1992. 17 p.
MUNNS, R.; TESTER, M. Mecanisms os salinity tolerance. Annual Reviews Plant Biology, v. 59, p. 651-681, 2008.
OLIVEIRA, I. R. S. et al. Crescimento inicial do pinhão-manso (Jatropha curcas L.) em função da salinidade da água de irrigação. Revista Caatinga, Mossoró, v. 23, n. 4, p. 40-45, 2010.
OLIVEIRA, L. A. A. et al. Solutos orgânicos em genótipos de sorgo forrageiro sob estresse salino. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 41, n. 1, p. 31-35, 2006.
OPENSHAW, K. A review of Jatropha curcas: an oil plant of unfulfilled promise. Biomass and Bioenergy, v. 19, p. 1-15, 2000.
PARIDA, A. K.; DAS, A. B. Salt tolerance and salinity effects on plants: a review. Ecotoxicology and Environmental Safety, v. 60, p. 324-349, 2005.
PATEL, A. D. et al. Growth, water status and nutrient accumulation of seedlings of Jatropha curcas L. (Euphorbiaceae) in response to soil salinity. Anales de Biología, n. 32, p. 59-71, 2010.
SAKR, M.T.; EL-METWALLY, M.A. Alleviation of the harmful effects of soil salt stress on growth, yield and endogenous antioxidant content of wheat plant by application of antioxidants. Pakistan Journal Biology Science, v. 12, n. 8, p. 624-630, 2009.
SILVA, F.A.S.; AZEVEDO, C.A.V. Versão do programa computacional Assistat para o sistema operacional Windows. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v. 4, p. 71-78, 2002.
SILVA, E. N. et al. Acúmulo de íons e crescimento de pinhão-manso sob diferentes níveis de salinidade. Revista Ciência Agronômica, v. 40, n. 2, p. 240-246, 2009a.
SILVA, E.N. et al. Contribuição de solutos orgânicos e inorgânicos no ajustamento osmótico de pinhão-manso submetido à salinidade. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.44, n.5, p.437-445, 2009b.
SOUSA, C. M. M. et al. Fenóis totais e atividade antioxidante de cinco plantas medicinais. Química Nova, São Paulo, v. 30, n. 2, p. 351-355, 2007.
TESTER, M.; DAVENPORT, R. Na+ tolerance and Na+ transport in higher plants. Annals of Botany, v.91, p. 503-527, 2003.
WILLADINO, L.; CAMARA, T. R. Origen y naturaleza de los ambientes salinos. In: REIGOSA, M. J.; PEDROL, N.; SÁNCHEZ, A. La Ecofisiologia Vegetal, Una ciencia de síntesis. Madri, Espanha. Editora Thomsom, 2004, p. 303:329.
WILLADINO, L.G.; CAMARA, T.R. Tolerancia das plantas à salinidade: Aspectos fisiológicos e bioquímicos. Enciclopedia Biosfera, v. 6, p. 1-23, 2010.
YEMM, E. B.; WILLIS, A. J. The estimation of carbohydrates in plants extracts by anthrone. Department of Botany, (Sl), University of Bristol, v. 57, p. 508-514, 1954.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Os Autores que publicam na Revista Caatinga concordam com os seguintes termos:
a) Os Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons do tipo atribuição CC-BY, para todo o conteúdo do periódico, exceto onde estiver identificado, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista, sem fins comerciais.
b) Os Autores têm autorização para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Os Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).