REVEGETAÇÃO DAS MARGENS DO RIO PARAMOPAMA UTILIZANDO TÉCNICA DE BIOENGENHARIA DE SOLOS
Keywords:
Biotêxtil. Margem de cursos d água. Levantamento florístico.Abstract
Diversas técnicas podem ser utilizadas para a recuperação de ecossistemas ribeirinhos e aquelas com menores impactos apresentam um processo regenerativo mais rápido, por meio da sucessão ecológica sem a necessidade da intervenção humana. Nesse sentido se faz necessário o estudo da utilização de técnicas que contribuam para a recuperação desses ecossistemas, como a bioengenharia de solos, que consiste no uso de elementos biologicamente ativos, em obras de estabilização de solo e de sedimentos, conjugados com elementos inertes como concreto, madeira, polímeros, e geotêxteis confeccionadas com materiais sintéticas ou vegetais. Este trabalho teve como objetivo avaliar o desenvolvimento das espécies plantadas e das espécies nativas na sucessão ecológica, em um trecho da margem do rio Paramopama, submetida à técnica de bioengenharia de solos, situado no município de São Cristóvão, estado de Sergipe. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados com dois tipos de geotêxteis (Fibrax e Syntemax 400 TF) dispostos em dois blocos e três tratamentos. O comportamento da vegetação e a eficiência dos geotêxteis foram observados por um período 22 quinzenas através de levantamento florístico. A abundância das espécies Crotalaria spectabilis e Calopogonium muconoides foi estudada, sendo posteriormente a vegetação classificada conforme o estádio sucessional. O estudo revelou que o uso do geotêxtil Syntemax 400 TF na margem esquerda promoveu a maior abundância de espécies, resultando em uma maior cobertura vegetal, e consequente melhor proteção do talude, podendo ser o mais indicado, dentre os tipos testados para recuperação florística da margem do rio Paramopama e em áreas com condições edafoclimáticas semelhantes.Downloads
References
BONAMIGO, L. A. Recuperação de pastagens com guandu em sistema de plantio direto. Informações Agronômicas. n. 88. 1999. 8p.
BUDOWSKI, G. Distribution of tropical American rain forest species in the light of sucessional processes. Turrialba, v. 15, n. 1, p. 40-42, 1965.
CARVALHO, N. M.; NAKAGAWA, J. Sementes: ciência, tecnologia e produção. 4 ed. Jaboticabal: Funep. 2000. 588p.
CODEVASF, II Plano Nacional de Desenvolvimento - Programa de Ação do governo para o Vale do São Francisco – 1975.
COSTA, N. De L. et al. Formação e manejo de pastagens de calopogônio em Rondônia. Ministério da Agricultura e do Abastecimento. EMBRAPA. n. 34. 2001. p. 1-2.
DAVIDE, A. C. et al. Restauração de matas ciliares. Informe Agropecuário, Belo Horizonte, v. 21, n. 207, p. 65-74, nov./ dez. 2000.
DEFLOR – Defesa Florestal Ltda. Catálogo de produtos e serviços de bioengenharia. Belo Horizonte, 2005. 26p.
DURLO, M. A. Biotécnicas no manejo de cursos de água. Ciência & Ambiente, Santa Maria, n. 21, p.81-90, 2001.
EMBRAPA. Sistema brasileiro de classificação de solos. Brasília: Embrapa, 1999. 412p.
FELFILI, J. M.; REZENDE, R. P. Conceitos e métodos em fitossociologia. Comunicações Técnicas Florestais, v. 5, nº 1. Universidade de Brasília, Departamento de Engenharia Florestal, Brasília. 2003.
FONT-QUER P. Plantas Medicinales. El Dioscórides renovado. Editorial Labor, S.A. Barcelona. 1980.
FRANÇA, V. L. A.; CRUZ, M. T. S. Atlas escolar SERGIPE: espaço geo-histórico e cultural. João Pessoa: GRAFSET, 2007.
GRAY, D. H.; SOTIR, R. B. Biotechical and soil bioengeering slope stabilization: a pratical guide for erosion control. Wiley. New York. 1996. 377p.
KAGEYAMA, P. Y.; GANDARA, F. B. Recuperação de áreas ciliares. In: RODRIGUES, R. R.; LEITÃO-FILHO, H. F. (Eds.). Matas ciliares: conservação e recuperação. São Paulo: EDUSP, 2004. p.249-269.
LIMA, W. P.; ZAKIA, M. J. B. Hidrologia de matas ciliares. In: RODRIGUES, R. R.; LEITÃO FILHO, H. de F. (Org.). Matas ciliares: conservação e recuperação. São Paulo: EDUSP: FAPESP, 2001. cap. 3, p. 33-44.
MORGAN, R. P. C.; RICKSON, R. J. Slope stabilization and erosion control: a bioengineering approach. London: E & FN Spon, 1995.
MUELLER-DOMBOIS, E., ELLENBERG, F. Aims and methods of vegetation ecology. New York: Wiley & Sons, 1974.
PIZARRO, E. A.; RAMOS, A. K.; CARVALHO, M. A. Potencial forrageiro y producción de semillas de accesiones de Calopogonium mucunoides preseleccionados em el Cerrado brasileño. Posturas Trop. 18 (2). 1996. p. 9-13.
POPINIGIS, F. Fisiologia de sementes. Brasília: AGIPLAN. 1985. 289p.
REICHARDT, K. Dinâmica da matéria e da energia em ecossistemas. Piracicaba: USP/ESALQ, Depto. Física e Metereologia, 1996. 513p.
RODRIGUES, E. R.; GALVÃO, F. Florística e fitossociologia de uma área de reserva legal recuperada por meio de sistema agroflorestal na região do Pontal do Paranapanema, São Paulo. Revista Floresta. v. 36. n. 2. 2006.
RODRIGUES, R. R.; NAVE, A. G. 2004. Heterogeneidade Florística das Matas Ciliares. Pp. 45-71. In: R.R. Rodrigues & H.F. Leitão Filho (orgs.). Matas Ciliares: conservação e recuperação. São Paulo, EDUSP.
ROMAGNOLO, M. B.; SOUZA, M. C. Análise florística e estrutural de florestas ripárias do alto rio Paraná,Taquaruçu, MS. Acta Botânica Brasílica. v.14. n.2. 2000. p.163-174.
SANTARELLI, E. G. Recuperação de mata ciliar: seleção de espécies e técnicas de implantação In: BALENSIEFER, M. Recuperação de áreas degradadas: III Curso de atualização UFPR. Curitiba: FUPEF, 1996. p. 101-105.
SANTOS JÚNIOR, N. Estabelecimento inicial de espécies florestais nativas em sistema de semeadura direta. 2000. 96p. Dissertação (Mestrado em Engenharia Florestal) – Universidade Federal de Lavras, Lavras, 2000.
SANTOS, E. M. de O. Degradação ambiental na bacia do rio Paramopama no município de São Cristóvão em Sergipe (Brasil). São Cristóvão, SE: Curso de Especialização em Geologia Sedimentar e Hidroambiental Aplicada a Ambientes Antigos e Recentes. São Cristóvão: UFS. 2007. Monografia de Especialização.
SIMÕES, L. B. Integração entre um modelo de simulação hidrológica e sistema de informação geográfica na de limitação de zonas tampão ripárias. 2001. 171 f. Tese (Doutorado em Agronomia) – Universidade Estadual de São Paulo, Botucatu, 2001.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Os Autores que publicam na Revista Caatinga concordam com os seguintes termos:
a) Os Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons do tipo atribuição CC-BY, para todo o conteúdo do periódico, exceto onde estiver identificado, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista, sem fins comerciais.
b) Os Autores têm autorização para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Os Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).