ATRIBUTOS FÍSICOS E FÍSICO-QUÍMICOS DA FARINHA DE MANDIOCA ARTESANAL EM RIO BRANCO, ACRE
Keywords:
Composição. Manihot esculenta. qualidadeAbstract
A farinha de mandioca é um produto conhecido no Brasil, fazendo parte das refeições diárias da população, principalmente no Norte e Nordeste do país. Grande parte deste produto é processado de forma artesanal, o que dificulta sua padronização, pela heterogeneidade advinda principalmente de processos próprios de fabricação. Neste sentido, os atributos físicos e físico-químicos da farinha de mandioca artesanal comercializada no Acre, nos níveis da legislação brasileira, foram avaliados neste trabalho. Amostras de 20 marcas de farinha de mandioca produzidas artesanalmente foram coletadas em estabelecimentos comerciais de Rio Branco, Acre, classificadas e analisadas quanto à composição dos nutrientes. Os resultados obtidos para as farinhas, classificadas como do Grupo Grossa e de acidez baixa, estão de acordo com os limites da legislação apenas para o teor de umidade e de amido, mas apenas 10% dos rótulos estão condizentes com a real classificação. 25% das amostras foram desclassificadas e 75% foram enquadradas como “Fora do Tipo”, o que implica que as farinhas do comércio de Rio Branco não estão de acordo com os padrões da atual legislação brasileira.Downloads
References
ARYEE, F. N. A. et al. The physicochemical properties of flour samples from the roots of 31 varieties of cassava. Food Control, n.17, p.916-922, 2006.
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Portaria n. 554, de 30 de agosto de 1995. Norma de identidade, qualidade, apresentação, embalagem, armazenamento e transporte da farinha de mandioca. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 01 set. 1995.
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa nº 52, de 7 de novembro de 2011. Regulamento técnico da farinha de mandioca. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 8 nov. 2011.
CHISTÉ, R. C. et al. Qualidade da farinha de mandioca do grupo seca. Ciência e Tecnologia de Alimentos, Campinas, v. 26, n. 4, p. 861-864, 2006.
CHISTÉ, R. C. et al. Estudo das propriedades físico-químicas e microbiológicas no processamento de farinha de mandioca do grupo d’água. Ciência e Tecnologia de Alimentos, Campinas, v. 27, n. 2, p. 265 – 269, 2007.
CHISTÉ, R. C.; COHEN, K. O. Influência da fermentação na qualidade da farinha de mandioca do grupo d’água. Revista Acta Amazonica, Manaus, v. 41, n. 2, p. 279 – 284, 2011.
DIAS, L. T; LEONEL, M. Caracterização físico-química de farinhas de mandioca de diferentes localidades do Brasil. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v. 30, n. 4, p. 692-700, 2006.
DÓSEA, R. R. et al. Qualidade microbiológica na obtenção de farinha e fécula de mandioca em unidades tradicionais e modelo. Revista Ciência Rural, Santa Maria, v. 40, n. 2, p. 441 – 446, 2010.
EC, Commission directive 1999/79/CE of 27 July 1999. Determinacion of starch: polarimetric method. Official Journal of the European Communities, L 2009/23 – 27, de 07.08.1999.
FAO. Food Outlook: global information and early warning system on food and agriculture. Rome, p. 28 – 32, nov, 2009. Disponível em <http://relefweb.int/library/documents/2001/fao_foodoutlook¬_31oct.pdf>. Acesso em: 13 jan. 2012.
FERREIRA NETO, C. J.; FIGUEIREDO, R. M. F.; QUEIROZ, A. J. M. Avaliação físico-química de farinhas de mandioca durante o armazenamento. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v. 5, n. 1, p. 25-31, 2003.
FERREIRA NETO, C. et al. Microbiologia de farinhas de mandioca (Manihot esculenta Crantz) durante o armazenamento. Revista Ciência Rural, Santa Maria, v. 34, n. 2, p. 551 -555, 2004.
FERREIRA NETO, C. J.; FIGUEIREDO, R. M. F.; QUEIROZ, A. J. M. Avaliação sensorial e da atividade de água em farinhas de mandioca temperadas. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v. 29, n. 4, p. 795-802, 2005.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2011. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br>. Acesso em: 13 jan. 2012.
RAUPP, D. S.; MOREIRA, S. S.; BANZATTO, D. A.; SGARBIERI, V. C. Composição e propriedades fisiológico - nutritivas de uma farinha rica em fibra insolúvel obtida do resíduo fibroso de fecularia de mandioca. Ciência e Tecnologia de Alimentos, Campinas, v. 19, n. 2, 1999. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-20611999000200009&lng=pt&nrm = iso>. Acesso em: 14 Jan 2010.
SOUZA, M. L.; MENEZES, H. C. Processamentos de amêndoa e torta de castanha-do-brasil e farinha de mandioca: parâmetros de qualidade. Ciência e Tecnologia de Alimentos, Campinas, v. 24, n. 1, p. 120 – 128, 2004.
SOUZA, J. M. L. et al. Variabilidade físico-química da farinha de mandioca. Ciência e Tecnologia de Alimentos, Campinas, v. 28, n. 4, p. 907 – 912, 2008a.
SOUZA, J. M. L. et al. Caracterização físico-química de farinhas de mandioca oriundas do município de Cruzeiro do Sul – Acre, Revista Publicatio, Ponta Grossa, v. 14, n. 1, p. 43 - 49, 2008b.
SOUZA, J. M. L. et al. Caracterização físico-química de farinhas de mandioca oriundas de variedades utilizadas no Estado do Acre. Revista Acta Amazônica, Manaus, v. 38, n. 4, p. 761 - 766, 2008c.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Os Autores que publicam na Revista Caatinga concordam com os seguintes termos:
a) Os Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons do tipo atribuição CC-BY, para todo o conteúdo do periódico, exceto onde estiver identificado, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista, sem fins comerciais.
b) Os Autores têm autorização para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Os Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).