ANÁLISE DA ESTRUTURA VEGETACIONAL EM UMA ÁREA DE CAATINGA NO MUNICÍPIO DE BOM JESUS, PIAUÍ
Keywords:
fitossociológia, diversidade, componente arbóreoAbstract
A vegetação de Caatinga abriga diferentes tipos de paisagens únicas, das quais pouco se conhece. Considerando esta carência, objetivou-se nesse trabalho realizar um levantamento fitossociológico em uma área de Caatinga, situada no município de Bom Jesus, Piauí. Foram lançadas sistematicamente 15 parcelas quadráticas de 400 m², com espaçamento de 80 m entre parcelas e entre linhas. Dentro de cada unidade amostral foram mensurados o perímetro e a altura total de todos os indivíduos com circunferência à altura do peito (CAP) ≥ 6 cm. Após o levantamento dos dados foram calculados os parâmetros fitossociológicos, distribuição diamétrica e o índice de diversidade de Shannon-Weaner (H’). Foram amostrados 640 indivíduos, representando 36 espécies, densidade de 1.600 ind. ha-1 e área basal estimada de 17,02 m². ha-1. As espécies mais representantes foram Copaifera langsdorffi Desf., Ptyrocarpa moniliformis Benth., Pterodon abruptus (Moric.) Benth. e Combretum glaucocarpum (Mart.) Eichl., apresentando por volta de 43% dos indivíduos amostrados e 40% de importância ecológica na área. O resultado do índice de diversidade de Shannon-Weaner (H’) foi de 2,96 nats ind-¹.Downloads
References
AMORIM, I. L. de; SAMPAIO, E. V. S. B.; ARAÚJO, E. L. Flora e estrutura da vegetação arbustivo-arbórea de uma área de Caatinga do Seridó, RN, Brasil. Acta Botanica Brasilica, Feira de Santana, v.19, n.3, p.615-623, 2005.
ANDRADE, L. A. et al. Análise da cobertura de duas fitofisionomias de Caatinga, com diferentes históricos de uso, no município de São João do Cariri, estado da Paraíba. Cerne, Lavras, v.11, n.3, p.253-262, 2005.
APG II. An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families of flowering plants. London: Botanical Journal of the Linnaean Society, 2003. v. 141, n. 4, p. 399-436.
ASSMANN, E. The principles of forest yield: studies in the organic production, structure, increment and yield of forest stands. Braunschweig, Pergamon Press, 1970. 506p.
CARVALHO, F. A.; NASCIMENTO, M. T. Estrutura diamétrica da comunidade e das principais populações arbóreas de um remanescente de floresta Atlântica submontana (Silva Jardim-RJ, Brasil). Revista Árvore, Viçosa, v.33, n.2, p.327-337, 2009.
CARVALHO, P. E. R. Espécies Arbóreas Brasileiras. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica; Colombo, PR: Embrapa Florestas. 2003, 1039p.
CAVALCANTI, A. D. C. et al. Análise da distribuição espacial da vegetação em uma área prioritária para a conservação da biodiversidade da Caatinga - Betânia/Floresta, Pernambuco. In: Congresso de Ecologia do Brasil, 6., 2003, Fortaleza. Anais... Fortaleza: UFC, 2003. v.1, p.319-320.
CONCEIÇÃO, G. M.; CASTRO, A. A. J. F. Fitossociologia de uma área de Cerrado Marginal, parque Estadual do Mirador, Mirador, Maranhão. Scientia Plena, Aracajú, v.5, n.10, p. 1-16, 2009.
DANTAS, J. G. et al. Estrutura do componente arbustivo/arbóreo de uma área de Caatinga situada no município de Pombal-PB. Revista Verde, Mossoró, v.5, n.1, p.134-142, 2010.
FABRICANTE, J. R.; ANDRADE, L. A. Análise estrutural de um remanescente de Caatinga no Seridó paraibano. Oecologia Brasiliensis, Rio de Janeiro, v.3, n.11, p.341-349, 2007.
FELFILI, J.M e SILVA Jr, M.C. 2001. Principais fisionomias do Espigão Mestre do São Francisco. Biogeografia do bioma cerrado: estudo fitosionômico da Chapada do Espigão Mestre do São Francisco – Universidade de Brasília, Faculdade de Tecnologia, Departamento de Engenharia Florestal, 152 p.
FELFILI, J. M.; REZENDE, R. P. Conceitos e métodos em fitossociologia. Universidade de Brasilia, Brasilia, 2003. p.44-53.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Mapa de biomas do Brasil. Brasília: MMA, 2004. Escala 1: 5.000.000.
LAMPRECHT, H. Ensayo sobre la estructura floristica de la parte sur-oriental del Bosque Universitario “El Caimital”, Estado Barinas. Revista Forestal Venezolana, Andes, v.7, n.10/11, p.77-119, 1964.
LEMOS, J.R. Composição florística do parque nacional Serra da Capivara, Piauí, Brasil. Rodriguésia, Rio de Janeiro, v.55, n.85, p.55-66, 2004.
LEMOS, J. R.; RODAL, M. J. N. Fitossociologia do componente lenhoso de um trecho da vegetação de Caatinga no parque nacional Serra da Capivara, Piauí, Brasil. Acta Botanica Brasilica, Feira de Santana, v.16, n.1, p.23-42, 2002.
MATA NATIVA 2: Sistema para análise fitossociológica e elaboração de inventários e planos de manejo de florestas nativas. Cientec. Viçosa, 2006.
MEYER, H.A. Structure, growth, and drain in balanced unevenaged forests. Journal of Forestry, v.2, n.52, p.85-92, 1952.
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Secretaria de Biodiversidade e Florestas; Caatinga. http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=203. 10 Fev. 2012.
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Uso sustentável e conservação dos recursos florestais da caatinga. Brasília: Serviço Florestal Brasileiro, 1° Ed. Brasília, DF. 2010. 368 p.
PEREIRA, I. M. et al. Regeneração natural em um remanescente de Caatinga sob diferentes níveis de perturbação, no agreste paraibano. Acta Botanica Brasilica, Feira de Santana, v.15, n.3, p.413-426, 2001.
PESSOA, M. de F. et al. Estudo da cobertura vegetal em ambiente da Caatinga com diferentes formas de manejo no assentamento Moacir Lucena Apodi, RN. Revista Caatinga, Mossoró, v.21, n.3. p.40-48, 2008.
RMFC (Rede de Manejo Florestal da Caatinga): protocolo de medições de parcelas permanentes / Comitê Técnico Científico. Associação Plantas do Nordeste, Recife, PE. 2005. 21 p.
RODAL, M. J. N.; COSTA, K. C. C.; SILVA, N. C. B. L. Estrutura da vegetação caducifólia espinhosa (Caatinga) de uma área do sertão central de Pernambuco. Hoehnea. São Paulo, v.35, n.2. p. 209-217. 2008.
RODAL, M. J. N.; SALES, M. F. de.; MAYO, S. J. Florestas serranas de Pernambuco: localização e diversidade dos remanescentes dos brejos de altitude. Recife: Universidade Federal Rural de Pernambuco, 1998.
SALGADO, M. A. S. et al. Crescimento e repartição de biomassa em plântulas de Copaifera langsdorffii Desf. submetidas a diferentes níveis de sombreamento em viveiro. Revista Brasil Florestal , Brasilia, DF, v.8, n. 70, p. 13-21, 2001.
SANTANA, J. A. S.; SOUTO, J. S. Diversidade e estrutura fitossociológica da Caatinga na Estação Ecológica do Seridó-RN. Revista de Biologia e Ciências da Terra, Campina Grande, v.6, n.2, p.232-242, 2006.
SANTANA, J. A. S. et al. Levantamento florístico e associação de espécies na caatinga da Estação Ecológica do Seridó, Serra Negra do Norte- RN -Brasil. Revista Verde, Mossoró, v.4, n.4, p.83-89, 2009.
SOUZA, A. M.et al. Levantamento dendrológico da área urbana do município de Bom Jesus, sul do estado do Piauí. In: Congresso de Ecologia do Brasil, 9., 2009, São Lourenço. Anais... São Lourenço: SBE, 2009.
TABARELLI, M.; SILVA, J. M. C. Áreas e ações prioritárias para a conservação da biodiversidade da Caatinga. In: LEAL, I. R.; TABARELLI, M.; SILVA, J. M. C. (Eds.). Ecologia e conservação da Caatinga. Recife: Universidade Federal de Pernambuco, 2003. p. 777-796.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Os Autores que publicam na Revista Caatinga concordam com os seguintes termos:
a) Os Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons do tipo atribuição CC-BY, para todo o conteúdo do periódico, exceto onde estiver identificado, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista, sem fins comerciais.
b) Os Autores têm autorização para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Os Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).