MINERALIZAÇÃO DA TORTA PRODUZIDA DIRETAMENTE DA SEMENTE (PDS) DE MAMONA
Keywords:
Ricinus communis. Sódio. Microrganismos.Abstract
O processo de produção de Biodiesel Diretamente da Semente (PDS) de oleaginosas utiliza um catalisador à base de NaOH na reação de transesterificação. O principal subproduto desse processo é a torta PDS, esta apresenta consideráveis teores de sódio em sua composição, que pode ser limitante na atividade dos microrganismos durante sua mineralização. O objetivo do estudo foi avaliar a taxa de mineralização da torta de mamona produzida a partir do processo direto da semente (PDS), adicionada em amostras de terra coletadas na profundidade de 0-20 cm de um CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Eutrófico (CXbe) situado em área da Chapada do Apodi, Rio Grande do Norte. A torta PDS de mamona utilizada foi oriunda da Estação Experimental de Produção de Biodiesel (UEB-2) do Centro de Pesquisas Leopoldo Américo Miguez de Mello, Guamaré, RN. Para o estudo foi utilizada a torta PDS de mamona em seu estado in natura e tratada com água destilada para a remoção dos teores de Na+. O material foi incubado sob doses crescentes de torta PDS: 0, 5, 10, 20, 40, 80 e 160 Mg ha-1 por um período de 32 dias. Foi avaliada a decomposição do material através da evolução de CO2. A taxa de mineralização da torta PDS de mamona em um CAMBISSOLO HÁPLICO não é influenciada pelos níveis de sódio presentes na torta in natura e tratada. O tratamento da torta PDS com água é eficaz na redução nos teores de sódio total e trocável, mas como consequência há perdas de N e K.Downloads
References
ALBUQUERQUE, F. S. et al. Lixiviação de potássio em um cultivo de pimentão sob lâminas de irrigação e doses de potássio. Revista Caatinga, Mossoró, v. 24, n. 3, p. 135-144, 2011.
CORWIN, D. L.; S. M., LESCH. Apparent soil electrical conductivity measurements in agriculture. Computers and Electronics in Agriculture. Elsevier v. 46, p. 11–43. 2005.
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA (EMBRAPA). Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Manual de métodos de analise de solo. 2. ed. Rio de Janeiro: EMBRAPA-CNPS, 1997. 212 p. (Documentos, 1).
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA (EMBRAPA). Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Sistema brasileiro de classificação de solos. 3.ed. Rio de Janeiro, 2006. 306 p.
FREITAS, F. C. Uso de resíduo orgânico da produção direta de biodiesel na atenuação dos efeitos de hidrocarbonetos de petróleo no solo. 2009. 97 f. Dissertação (Mestrado em Agronomia - Ciência do Solo) - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2009.
FREIRE, M. B. G. S.; et al. Condutividade hidráulica de solos de Pernambuco em resposta à condutividade elétrica e RAS da água de irrigação. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v. 7, n. 1, p. 45-52, 2003.
GÓES, G. B. R. C. Adubação do girassol com torta de mamona da produção de biodiesel direto da semente. 2010. 63 p. Dissertação (Mestrado em Ciência do Solo) - Universidade Federal do Semi-Árido, Mossoró, 2010.
LIMA, R. L. S. Casca e torta de mamona avaliados em vasos como fertilizantes orgânicos. Revista Caatinga, Mossoró, v. 21, n. 5, p. 102-106, 2008.
MENDONÇA, E. S.; MATOS, E. S. Matéria orgânica do solo: métodos de análises. Viçosa: UFV, 2005. 107 p.
MIELNICZUK, J. Matéria orgânica e a sustentabilidade de sistemas agrícolas. In: SANTOS, G. A; CAMARGO, F. A.O. (Ed.). Fundamentos da matéria orgânica do solo: ecossistemas tropicais e subtropicais. Porto Alegre: Gênesis, 1999. v. 1, p. 1-8.
PEREIRA, S. V. et al. Atividade microbiana em solo do semi-árido sob cultivo de Atriplex nummularia. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 39, n. 8, p. 757-762, 2004.
RAMALHO FILHO, A.; BEEK, K. J. Sistema de avaliação da aptidão agrícola das terras. 3.ed. Rio de Janeiro: EMBRAPA-CNPS, 1995. 65 p.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA (UFV). Sistema para Análises Estatísticas, Versão 9.1 (SAEG). Fundação Arthur Bernardes. Viçosa: UFV, 2007.
SANTOS, T. M. C. et al. Fertirrigação com vinhaça e seus efeitos sobre evolução e liberação de CO2 no solo. Revista Caatinga, Mossoró, v. 22, n. 1, p. 141-145, 2009.
SEVERINO, L. S. et al. Mineralização da torta de mamona, esterco bovino e casca de mamona estimada pela respiração microbiana. Revista de Biologia e Ciência da Terra, Campina Grande, v. 5, n. 1, p. 1-6, 2005.
SILVA JÚNIOR, J. M. T. et al. Efeitos de níveis de salinidade sobre a atividade microbiana de um Argissolo Amarelo incubado com diferentes adubos orgânicos. Revista Brasileira de Ciências Agrárias, Recife, v. 4, n. 4, p. 378-382, 2009.
SILVA, S. D. Efeito do uso de torta de mamona do processo de produção de biodiesel direto da semente em solo da Chapada do Apodi - RN. 2010. 134 f. Dissertação (Mestrado em Ciência do Solo) - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2010.
SILVA, P. R. D.; LANDGRAF, M. D.; REZENDE, M. O. Avaliação do potencial agronômico de vermicomposto produzido a partir de lodo de esgoto doméstico. Revista Brasileira de Ciências Agrárias, Recife, v. 6, n. 4, p. 565-571, 2011.
SILVA, S. D. et al. Uso da torta de mamona como fertilizando orgânico. Pesquisa Agropecuária Tropical, Goiânia, v. 42, n. 1, p. 19-27, 2012.
SOUTO, P. C et al. Cinética da respiração edáfica em dois ambientes distintos no Semi-Árido da Paraíba, Brasil. Revista Caatinga, Mossoró, v. 22, n. 3, p 52-58, 2009
STOTZKY, G. Microbial respiration. In: BLACK, C. A. (Ed.). Methods of soil analysis. American Society Agronomy, Madison, 1965. p. 1550-1572.
TEDESCO, M. J. et. al. Análise de solo, plantas e outros materiais. 2. ed. Porto Alegre: UFRGS, 1995. 174 p. (Boletim Técnico, n. 5)
ZONTA, E.; et. al. Potencial de aplicação da torta de mamona na agricultura, na remediação de áreas impactadas e na recuperação de áreas degradadas, 2008. 97 p. (Relatório Técnico, Petrobrás).
Downloads
Published
Issue
Section
License
Os Autores que publicam na Revista Caatinga concordam com os seguintes termos:
a) Os Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons do tipo atribuição CC-BY, para todo o conteúdo do periódico, exceto onde estiver identificado, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista, sem fins comerciais.
b) Os Autores têm autorização para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Os Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).